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EUA trabalhará com Equador, Panamá e outros países contra a pesca ilegal

27/06/2022 18h37

Washington, 27 Jun 2022 (AFP) - Os Estados Unidos informaram nesta segunda-feira (27) que irão acelerar a cooperação com Equador, Panamá e outros três países para combater a pesca ilegal, um problema que o Ocidente atribui à China.

Paralelamente, autoridades dos Estados Unidos e de Taiwan realizaram sua primeira rodada de negociações comerciais, uma iniciativa que atrai críticas acaloradas de Pequim.

Durante uma conferência da ONU realizada em Portugal sobre a recuperação ambiental dos oceanos, o presidente americano, Joe Biden, assinou um memorando para aumentar a coordenação e a aplicação de normas dentro do governo dos Estados Unidos para reprimir a pesca ilegal e o trabalho forçado associado a essa atividade.

A Casa Branca indicou que os Estados Unidos também planejam alcançar novos compromissos com Equador, Panamá, Senegal, Taiwan e Vietnã para combater a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, conhecida como "INN" no jargão ambiental.

Os Estados Unidos identificaram essas nações "não porque sejam os principais responsáveis pela pesca INN, mas porque expressaram vontade de trabalhar com os Estados Unidos para combater a pesca INN em seus países", disse um funcionário do governo sob condição de anonimato.

Outro funcionário disse que, embora o novo esforço dos EUA não tenha como alvo outros países, a China "é o principal contribuinte para a pesca INN no mundo e tem impedido o progresso no desenvolvimento de medidas para combatê-la em organizações internacionais".

A fundação Environmental Justice disse em um relatório recente que a China tem, de longe, a maior frota adequada para pesca em águas distantes, e disse que as alegações de abusos trabalhistas são comuns.

Paralelamente, a vice-representante comercial dos Estados Unidos, Sarah Bianchi, e o principal negociador comercial de Taiwan, John Deng, participaram da reunião inaugural da "Iniciativa EUA-Taiwan para o Comércio do Século XXI".

Essa iniciativa busca alcançar um acordo comercial formal entre Washington e Taipei, que estão unidos desde 1994 por um acordo de comércio e investimento.

Os Estados Unidos, como a maioria dos países, não reconhecem oficialmente Taiwan, mas apoiam fortemente a ilha, que é reivindicada por Pequim como parte de seu território.

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