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Rússia acusa Google de difundir 'fake news' sobre Ucrânia e proíbe publicidade

Logotipo do Google na sede da empresa em Mountain View, na Califórnia (EUA) - Paraesh Dave/Reuters
Logotipo do Google na sede da empresa em Mountain View, na Califórnia (EUA) Imagem: Paraesh Dave/Reuters

Em Moscou

07/04/2022 10h23

O regulador russo das telecomunicações anunciou, nesta quinta-feira (7), a proibição do Google de fazer publicidade na Rússia e acusou sua plataforma YouTube de divulgar informações falsas sobre as forças russas na Ucrânia.

Moscou lançou uma repressão em todos os níveis para impedir a divulgação de informações que não correspondam à linha oficial.

"O YouTube se tornou uma plataforma-chave para a divulgação de 'fake news' sobre a operação militar especial no território da Ucrânia, desacreditando as Forças Armadas russas", justifica a Roskomnadzor, que também critica o site de vídeos por publicar conteúdo de "extremistas" ucranianos.

A agência reguladora também acusa o Google de censurar a mídia estatal russa, cujos canais do YouTube foram fechados.

Com isso, o Google não terá mais direito de "fazer publicidade do Google LLC" e de suas plataformas na Rússia. Além disso, os mecanismos de busca russos terão de indicar que o Google e suas afiliadas violam a lei russa quando se faz uma busca de seus nomes.

Essas medidas são muito menos graves do que as tomadas contra outros gigantes da Internet por acusações similares. Facebook, Twitter e Instagram foram bloqueados na Rússia.

Ainda nesta assunto, hoje, a divulgação de informações que desacreditem o Exército russo pode levar a penas de até 15 anos de prisão.