Google recorre de multa bilionária na Europa por abuso de posição dominante
A gigante de tecnologia Google entrou com um recurso nesta quinta-feira (20) contra uma decisão de um tribunal europeu que manteve uma multa de 2,4 bilhões de euros por abuso da posição dominante de seu mecanismo de busca e comércio online.
O escritório já havia anunciado que iria ao Tribunal de Justiça da União Europeia, o mais alto tribunal da UE, depois que o Tribunal Geral da UE confirmou em novembro uma pesada multa da Comissão Europeia, que data de 2017.
Na época, essa multa foi a maior já imposta pela União Europeia, embora mais tarde tenha sido superada por uma multa de EUR 4,3 bilhões contra o Google por seu sistema operacional para smartphones Android.
"Após uma análise cuidadosa, decidimos apelar da decisão do Tribunal Geral [da UE], pois acreditamos que há áreas que exigem esclarecimentos legais", disse a empresa em um breve comunicado.
O caso centra-se no serviço de compras do Google e é um dos três contra o gigante dos motores de busca que atualmente passa pelo extenso sistema de apelações da União Europeia.
O novo recurso pode levar até dois anos para chegar a um resultado, o que estenderia o caso para mais de uma década, já que a Comissão Europeia iniciou sua investigação em 2010.
A confirmação judicial da multa do Google Shopping foi uma vitória para a principal autoridade antitruste da UE, Margrethe Vestager, que entrou em cena em Bruxelas ao descartar a abordagem mais conciliadora de seu antecessor.
Vestager havia perdido no mesmo tribunal em um caso importante, contra a Apple e a Irlanda, no qual suas equipes ordenaram que a fabricante do iPhone pagasse EUR 13 bilhões (mais juros) ao contribuinte irlandês.
A multa para o Google veio após uma investigação de sete anos desencadeada por reclamações de outros serviços de comparação de preços, que viram sua operação cair drasticamente diante do Google Shopping.
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