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Plataforma OnlyFans volta atrás e permite conteúdos sexuais de novo

A proibição de pornografia no OnlyFans entraria em vigor em outubro, mas foi suspensa - iStock
A proibição de pornografia no OnlyFans entraria em vigor em outubro, mas foi suspensa Imagem: iStock

Da AFP, em Nova York

25/08/2021 11h03

A plataforma OnlyFans, que permite compartilhar fotos e vídeos eróticos mediante pagamento de uma taxa, anunciou hoje que voltará a autorizar conteúdo de sexo explícito.

"Obtivemos as garantias necessárias para apoiar nossa diversa comunidade de criadores e suspendemos a mudança de política planejada para 1º de outubro", anunciou a empresa no Twitter.

Na semana passada, a empresa havia anunciado o banimento de conteúdos assim alegando que os principais bancos cortariam laços com a companhia por temerem danos à imagem e reputação.

Tim Stokely, fundador e CEO do OnlyFans, explicou o anúncio feito na última quinta-feira (19) em entrevista ao jornal "Financial Times":

Não tínhamos escolha — a resposta curta são os bancos. Esta decisão foi tomada para proteger os fundos e assinaturas [dos nossos usuários] de ações cada vez mais injustas de bancos e empresas de mídia — obviamente não queremos perder nossos criadores mais leais

O CEO explicou que o OnlyFans paga mais de US$ 300 milhões por mês aos produtores de conteúdo (mais de R$ 1,5 bilhão na atual cotação) e "garantir que esses fundos cheguem aos criadores envolve o uso do setor bancário", disse.

Ainda não está claro o que mudou para que a empresa voltasse atrás. O que se sabe é que muitos questionaram a função da plataforma sem esse tipo de conteúdo. O OnlyFans fica com uma parcela de 20% de todos os pagamentos, então a sensação é de que depende da indústria do sexo para sobreviver.

Se não for para postar vídeos picantes, para que ela serve? Essa é a pergunta que circulou na mídia e nas redes sociais desde que o primeiro anúncio foi feito.

O only fans vai servir pra q amore? pic.twitter.com/UkCagUlEyT

-- Nicole Lanterninha (@CLITORIANNNA) August 19, 2021