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Reino Unido quer liderar 'com exemplo' redução de gases do efeito estufa

04/12/2020 09h48

Londres, 4 dez 2020 (AFP) - O Reino Unido elevou sua meta de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa para 68%, até 2030, para "liderar pelo exemplo" e encorajar outros países - declarou o primeiro-ministro Boris Johnson nesta sexta-feira (4).

O objetivo anterior do país, que havia estabelecido como meta final a neutralidade de carbono até 2050, era de 53%, sempre em comparação com os níveis de 1990.

O anúncio surge antes da cúpula do clima organizada com as Nações Unidas em 12 de dezembro, por ocasião do quinto aniversário dos Acordos de Paris.

"No Reino Unido, vamos liderar pelo exemplo, indo mais longe e mais rápido do que nunca, com um novo objetivo de redução das emissões de pelo menos 68% até 2030", disse Johnson em um vídeo postado no Twitter.

"Isso é muito mais ambicioso do que os objetivos estabelecidos por outras grandes economias, e nos colocará no caminho para alcançar um zero líquido até 2050", enfatizou.

Para o líder britânico, "2021 será um ano importante na luta contra a mudança climática" e "não me ocorre melhor maneira de pôr isso em prática do que estabelecendo este objetivo exigente e ambicioso, mas alcançável".

O Reino Unido, que será o anfitrião da COP26 - a grande conferência climática da ONU - em Glasgow, em 2021, convidou outros líderes mundiais a apresentarem objetivos ambiciosos na cúpula da próxima semana.

O Executivo de Johnson apresentou, recentemente, seus planos para realizar uma "revolução industrial verde", que implicará a criação de até 250.000 empregos até o final da década.

Este novo anúncio britânico "é um grande estímulo às outras grandes economias a seguirem seu exemplo", reagiu Sonam P. Wangdi, que preside o grupo de países menos avançados no âmbito da Convenção das Nações Unidas para o Clima.

"Levando-se em consideração a urgência da crise climática (...), a ambição pode ser ainda mais elevada", reagiu o diretor-executivo do Greenpeace no Reino Unido, John Sauven, que, de qualquer modo, saudou o anúncio britânico.

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