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Furacão Isaías pode atrasar retorno de astronautas da Nasa em missão com SpaceX

Imagem de satélite mostra passagem do furacão Isaías pela República Dominicana nesta sexta-feira (31) - Maro Siranosian/RAMMB/CIRA/AFP
Imagem de satélite mostra passagem do furacão Isaías pela República Dominicana nesta sexta-feira (31) Imagem: Maro Siranosian/RAMMB/CIRA/AFP

Em Washington

31/07/2020 21h13

Os primeiros astronautas dos Estados Unidos a chegarem à Estação Espacial Internacional (ISS) em uma espaçonave americana em quase uma década podem ser impedidos de voltar para casa neste fim de semana, conforme planejado, devido ao furacão Isaías, informou a Nasa nesta sexta-feira (31).

Bob Behnken e Doug Hurley decolaram de Cabo Canaveral em 30 de maio a bordo do SpaceX Crew Dragon e estavam programados para pousar na costa da Flórida na tarde de domingo.

Por enquanto, o desacoplamento continua marcado para as 19:34 locais (23:34 GMT/20:34 BSB) no sábado e o pouso no mar para as 14:42 locais (18:42 GMT/15:42 BSB) no domingo. Mas a Nasa disse que está acompanhando de perto a evolução do furacão Isaías de categoria 1, que atingiu as Bahamas nesta sexta-feira e se dirigia para a Flórida.

"Não controlamos o clima e sabemos que podemos ficar aqui por mais tempo, há mais comida e o programa da estação espacial prevê mais trabalho que podemos fazer", disse Behnken a jornalistas. Possíveis locais de desembarque estão localizados no Golfo do México e ao longo da costa atlântica da Flórida.

Essa missão é a primeira realizada por uma espaçonave tripulada lançada do solo americano desde 2011, quando o programa de ônibus espaciais terminou.

É também a primeira vez que uma empresa privada leva astronautas para a ISS. Os Estados Unidos pagaram à SpaceX e à gigante aeroespacial Boeing um total de sete bilhões de dólares por contratos de "táxi espacial".

Mas o programa da Boeing falhou após um teste malsucedido no final do ano passado, tornando a SpaceX a favorita nos contratos.

Nos últimos nove anos, os astronautas americanos viajaram para a ISS em foguetes russos da Soyuz. Washington pagou cerca de 80 milhões de dólares por cada um deles.

Os membros da tripulação disseram que estavam ansiosos para voltar para casa depois de dois meses.

"Meu filho tem seis anos e posso ver nos vídeos que recebo e ao conversar com ele ao telefone que ele mudou muito", disse Behnken.