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Ativistas lançam campanha para desmembrar o Facebook

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Imagem: iStock

22/05/2018 09h06

Uma coalizão de grupos ativistas anunciou nesta segunda-feira (21) uma campanha para desmembrar o Facebook, argumentando que a enorme rede social "tem muito poder sobre nossas vidas e sobre a democracia".

Os grupos criaram um site e um perfil no próprio Facebook para angariar apoio para uma petição à Comissão Federal de Comércio dos EUA para exigir que a empresa de mídia social desmembre Instagram, WhatsApp e Messenger em redes concorrentes e "imponha regras fortes de privacidade".

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O esforço foi lançado por grupos focados em direitos digitais, privacidade e outras causas sociais.

"O Facebook e Mark Zuckerberg acumularam poder em quantidade assustadora", disseram os grupos em seu site.

"O Facebook decide unilateralmente sobre as notícias que bilhões de pessoas em todo o mundo veem todos os dias. Ele compra ou leva à falência potenciais concorrentes para proteger seu monopólio, matando a inovação e a escolha. Ele rastreia quase todos os lugares que acessamos na internet e, através de nossos smartphones, até aonde vamos no mundo real", acrescentaram.

O esforço acontece em um momento no qual o Facebook é criticado nos Estados Unidos e em outros países pelo compartilhamento de dados de aproximadamente 87 milhões de usuários.

Em resposta à campanha, um porta-voz da empresa disse que o Facebook "está em um ambiente competitivo onde as pessoas usam nossos aplicativos ao mesmo tempo em que usam serviços gratuitos oferecidos por muitos outros".

O porta-voz declarou por e-mail que "a pessoa comum usa oito aplicativos diferentes para se comunicar e permanecer conectado".

O presidente-executivo e fundador da empresa, Mark Zuckerberg, disse no Congresso norte-americano no mês passado que acha que o Facebook é um monopólio.

Segundo estimativas, o Facebook tem cerca de dois bilhões de usuários em todo o mundo e seus serviços de mensagens instantâneas, Messenger e WhatsApp, somam mais de um bilhão de pessoas.

Um desmembramento da rede social e seus aplicativos exigiria uma longa investigação pelas autoridades dos EUA, além de uma batalha judicial potencialmente longa.

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