Uma das táticas recentes dos cybercriminosos consiste em divulgar um site que supostamente teria informações confiáveis sobre o coronavírus e também estaria distribuindo kits gratuitos com máscaras e álcool gel. No fim do texto fraudulento ainda há o complemento: "Não ignore essa mensagem. Compartilhe e vamos ajudar a salvar vidas. Juntos somos mais fortes".
Mas o link direciona para uma página falsa com uma logomarca do governo federal. Para receber o prometido kit - que jamais será entregue, evidentemente -, a pessoa tem de compartilhar uma série de informações pessoais. Os hackers faturam com o uso indevido desses dados e com o aumento de tráfego para o site, que lucra com anúncios. Um golpe que seria evitado com posturas fáceis de serem tomadas: desconfie de promoções "imperdíveis"; não clique em links sem ter 100% de certeza que estes são confiáveis; observe se a URL do site é a mesma de páginas oficiais - no caso, do governo federal. Além de uma regra de ouro que vale sempre: na dúvida, não clique.
No cenário de pandemia, disseminam-se ainda outras artimanhas dos hackers. Em uma, promete-se Netflix gratuito (para não cair nessa, é só verificar antes no site da próprio Netflix se a promoção realmente existe), noutra, "auxílio coronavírus" de 200 reais à população de baixa renda e, em mais uma, barris gratuitos de cerveja. Todavia, apesar do aparente crescimento recente - a Kaspersky identificou a criação de ao menos 335 sites que se aproveitam do tema Covid-19 para disseminar malware e mensagens maliciosas a brasileiros -, a onda de golpes não começou agora.
Mais de 2 bilhões de pessoas confiam no WhatsApp para trocar mensagens privadas (com conteúdo integralmente protegido por criptografia), sejam de âmbito pessoal ou profissional. No Brasil, o aplicativo se mostra presente em 90% dos smartphones. Só que a enorme popularidade do serviço acabou também por atrair indivíduos mal-intencionados.