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Evite golpes no WhatsApp

Seguindo algumas dicas e ficando alerta, é possível se proteger de golpistas

oferecido por Selo Publieditorial

Todos os dias novos tipos de golpe são criados. Os mais falados são aqueles aplicados online, mas muito antes da internet pessoas já cometiam crimes parecidos com esses que, hoje em dia, vêm sendo praticados no WhatsApp e em outros aplicativos.

São inúmeros os relatos de trapaças por telefone e até mesmo por correspondência. Associações falsas mandando cartas a idosos oferecendo serviço de revisão de aposentadoria em troca de anuidades pelo serviço, por exemplo, já movimentaram milhões de reais.

Com o aumento da inserção de pessoas no ambiente digital - ainda mais intensificado pela pandemia de Covid-19 - cresceram também os riscos à segurança cibernética. Não só as relações, mas todo tipo de transação hoje pode ser feita - e é - online. Só o WhatsApp é usado por cerca de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo, transformando-o em mais um polo de ataque de gente mal intencionada, que se aproveita da desatenção dos usuários para transformá-los em vítimas e se mune de artifícios e ferramentas cada vez mais complexos para realizar tais crimes.

Mas não precisa se desesperar e muito menos deixar de usar seu aplicativo de mensagens favorito. Mesmo com estratégias de golpe cada vez mais complexas sendo criadas, ainda é possível se proteger dos ataques online - e nós vamos te ensinar como! Basta seguir algumas dicas e redobrar a atenção principalmente no que se refere a operações financeiras, dados bancários ou documentos e senhas.

Se você se sente mal por ter acreditado em "pedidos de amigos ou familiares" que se revelaram fraudes, saiba que não são apenas pessoas digitalmente vulneráveis que acabam caindo no papo de criminosos. Novas técnicas de aperfeiçoamento de golpes, exigem dos usuários uma dose extra de atenção.

David Modic, acadêmico da Universidade de Cambridge que estuda a psicologia por trás dos golpes de internet, destacou em uma de suas palestras sobre fraudes na rede que todos somos passíveis de cair em golpes e que a vítima não deve se sentir culpada pelo acontecido.

Ilda Piasentin, aposentada, foi uma das recentes vítimas de uma ação que já se tornou comum: alguém usou a foto de sua filha, Fabiana Piasentin, consultora de imagem, para pedir dinheiro no aplicativo. Foi a filha dela quem compartilhou a história.

"Alguém usou minha foto no contato de outro número de telefone e se passou por mim pedindo "grana" para o pagamento de uma conta urgente. Mesmo sabendo que eu não trabalho para nenhuma empresa, ela foi pega de surpresa pela urgência daquela solicitação e nem pensou no óbvio."

Fabiana Piasentin, filha da vítima.

Poucas frases de conversa depois, Ilda, sem questionar qualquer informação, fez o depósito pedido, no valor de R$1.500 - mesmo que a conta estivesse no nome de uma pessoa estranha. Só ligou para confirmar que a transação tinha sido feita - e foi quando descobriu que se tratava de um golpe. "Eu disse que não era eu e tentei entender o que tinha acontecido, mas era tarde. Se minha mãe tivesse ligado antes do depósito, o final poderia ser outro", lamenta Fabiana.

Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET e em detecção de ameaças online, explica que já fez alguns testes sobre o tema e confirma que os golpes são mais simples do que geralmente imaginamos.

Mas como se precaver desse tipo de abordagem? De acordo com Barbosa, além dos mecanismos de defesa oferecidos pelo próprio WhatsApp, é preciso estar sempre alerta. "É imprescindível fazer uso de todos os recursos que o aplicativo oferece para proteção, sem nunca deixar de lado o comportamento seguro no momento do uso. Um comportamento seguro é capaz de impedir que uma série de ameaças sejam efetivas, muitas vezes sem nem precisar dispor de recursos técnicos para isso", afirma.

Foi assim que o pai da arquiteta Maria Fernanda Gonçalves, Wilson Gonçalves, se protegeu do mesmo golpe. No momento em que ela supostamente pediu dinheiro com um número de telefone que ele não conhecia apesar da foto, logo desconfiou.

"Ele sabia que não era eu, mas por via das dúvidas, me ligou na hora. Foi ótimo porque assim pude avisar outros contatos sobre o que estava acontecendo e evitar uma dor de cabeça a mais alguém."

Maria Fernanda Gonçalves, filha de Wilson, que conseguiu evitar um golpe.

"Muitos golpes que acontecem no WhatsApp são relacionados ao sequestro de contas e os criminosos abordam a lista de contatos da vítima solicitando quantias em dinheiro ou outros procedimentos que tragam algum tipo de vantagem a eles", conta o especialista em segurança. "É bem comum, pois poucos usuários protegem adequadamente suas contas".

E como o golpista sabe com quem falar ao fingir se passar pela vítima? A resposta de Barbosa é: eles não sabem. Quando o golpista usa outro dispositivo para encontrar vítimas em potencial, os contatos não são importados. Segundo ele, apenas os grupos - o que já facilita bastante a atuação dos criminosos, "principalmente se há um grupo chamado "Família", ou algum outro que determine um vínculo próximo das pessoas do grupo com o proprietário do aparelho. O mesmo vale para as conversas. Em geral quem conversa constantemente com a vítima continuará fazendo isso e o criminoso pode abordar as pessoas já nas primeiras interações", esclarece.

"Alguns golpes também aparecem como promoções nas quais a vítima recebe um link de uma oferta imperdível em troca de um simples cadastro de algum dado. E isso vem de contatos conhecidos. Sem contar golpes de pirâmide financeira, cobrança de dívidas falsas, entre diversos outros."

Daniel Barbosa, especialista em segurança da informação da ESET.

Para Barbosa, a principal forma de deixar o WhatsApp ainda mais seguro é fazer uso do duplo fator de autenticação provido pelo aplicativo:

"Com esta funcionalidade habilitada, sempre que alguém tentar registrar o WhatsApp em um novo dispositivo, a senha pré-configurada será exigida, evitando que criminosos consigam sequestrá-lo."

Daniel Barbosa

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