"Quando a esmola é muita, o santo desconfia", diz a sabedoria popular. Se levássemos o ditado mais a sério, muitos golpes financeiros poderiam ser evitados. Um dos mais comuns envolve um link, geralmente compartilhado por algum conhecido desavisado, que promete brindes, descontos especiais ou convites para eventos com celebridades.
O link geralmente leva o usuário a um site falso, ou instala um vírus no celular, deixando suas senhas e informações pessoais vulneráveis.
Outra modalidade muito recorrente é o pedido de dinheiro por algum suposto conhecido. Mas há duas formas de golpe. Na mais simples —e mais fácil de identificar, os criminosos usam a sua foto, mas com um número diferente, para pedir dinheiro aos seus contatos.
Eles usam uma desculpa convincente —"bloqueei minha senha do banco e preciso transferir um dinheiro para esta pessoa" ou "excedi o limite de transferência"—, prometendo pagar de volta no dia seguinte. Na urgência de ajudar, amigos e familiares acabam transferindo dinheiro para completos desconhecidos, com a certeza de que foi o usuário quem fez o pedido.
Para evitar que isso aconteça, ligue para o número da pessoa salvo na sua agenda para ter certeza que é ela quem está pedindo algo.
A outra forma, mais complexa, envolve hackear e roubar a sua conta. Funciona assim: o golpista envia uma mensagem ou faz uma ligação oferecendo algo imperdível. Mas para receber o prêmio ou desconto, a vítima precisa enviar de volta um código recebido por SMS. E o truque está aí: esse código enviado por SMS na verdade é o código de segurança que o WhatsApp envia quando alguém decide instalar o aplicativo em outro aparelho. Ao enviar o código, a vítima dá acesso total à sua própria conta.
Com mais de 2 bilhões de usuários em todo o mundo, e instalado em mais de 90% dos celulares brasileiros, é natural que o WhatsApp atraia também pessoas mal-intencionadas.