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Guilherme Rambo

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

iPad agrada, já iPhone 13 e Apple Watch podem esperar para serem comprados

Material de divulgação da Apple mostra qualidade de imagem de vídeo no iPhone 13 Pro - Divulgação/ Apple
Material de divulgação da Apple mostra qualidade de imagem de vídeo no iPhone 13 Pro Imagem: Divulgação/ Apple

17/09/2021 04h00

Assim como acontece na maioria dos anos, setembro trouxe o evento no qual a Apple revela os lançamentos dos novos iPhones, Apple Watches e, no caso deste ano, iPads. Esta coluna traz hoje minhas impressões sobre os anúncios e dicas para quem está pensando em atualizar seus gadgets.

A primeira novidade apresentada no evento é uma atualização do iPad. Sim, o iPad, aquele que se chama simplesmente "iPad". Pode parecer um produto irrelevante para os mais antenados, que preferem um iPad Air ou iPad Pro, mas este é o iPad mais popular da linha, segundo a Apple.

Isso faz todo sentido. Quem não é muito ligado em tecnologia e quer simplesmente "um iPad", certamente se sentirá mais atraído pelo design clássico do produto, com botão Home, compatibilidade com uma variedade imensa de acessórios de custo acessível, sem contar o preço mais em conta.

O produto também é muito popular em situações nas quais se compram vários iPads em lote, como em instituições de ensino, empresas, entre outros.

Quanto ao que mudou no novo iPad, ele ganhou suporte à tecnologia True Tone, que ajusta o balanço de branco da tela de acordo com a luz ambiente, tornando o uso para atividades como leitura mais agradável.

Ele também foi atualizado com o processador A13 Bionic, o mesmo dos iPhones 11, que conta com Neural Engine para processamento rápido de tarefas de aprendizado de máquina.

O armazenamento mínimo também ganhou um upgrade, passando de 32 GB para 64 GB, mantendo o mesmo preço do modelo anterior.

Mas a novidade que me surpreendeu mais com relação ao produto menos interessante do evento foi a inclusão do recurso Palco Central (Center Stage), agora disponível na sua câmera frontal.

O recurso utiliza uma câmera grande angular na frente do aparelho para "centralizar" a imagem no rosto do usuário, utilizando pequenos movimentos que simulam um movimento de câmera.

O Palco Central é muito útil para videoconferências e, considerando que muitos estão estudando via Zoom e que este é um iPad muito usado na educação, certamente será bem-vindo.

Esta nova geração do iPad ainda não tem data para lançamento aqui no Brasil, mas seu preço já foi divulgado: o modelo de entrada, sem conectividade celular e com 64 GB de armazenamento está anunciado por R$ 3.599 à vista na Apple Store.

Eu não esperava nenhuma grande novidade para este iPad, afinal ele é o iPad de entrada e o foco da Apple é manter seu preço atual, com um belo desconto para clientes educacionais. A Apple fez mais do que eu esperava, especialmente considerando a inclusão do Palco Central na câmera frontal.

Para quem já possuí um iPad desta linha e está pensando em atualizar, eu diria que vale a pena, especialmente se você utiliza muito o iPad para fazer chamadas em vídeo.

A mudança do processador e a vinda do True Tone também são recursos que fazem a diferença no dia a dia.

Novo iPad mini

iPad mini - Divulgação/ Apple - Divulgação/ Apple
Imagem: Divulgação/ Apple

Este talvez tenha sido o anúncio mais surpreendente do evento. O iPad mini sempre foi o irmão menor do iPad "clássico". Ele ainda possuía o design tradicional, com bordas grandes e botão Home.

Pois o novo iPad mini traz um redesenho radical, roubando a apresentação já conhecida dos iPads Pro mais recentes e também do iPad Air, lançado no ano passado. A tela do iPad mini passou de 7,9 polegadas para 8,3 polegadas, um belo aumento.

O novo iPad mini perdeu o botão Home, ficando com a parte frontal do aparelho quase que inteiramente focada na tela, com seus belos cantos arredondados. Por não se tratar de um modelo Pro, ele não tem reconhecimento facial via Face ID, mas possuí autenticação com digital no Touch ID com o sensor no botão superior, assim como o iPad Air.

Com relação ao tamanho do iPad mini em si, o novo design não significa um aumento. Na verdade, o novo iPad mini é alguns poucos centímetros menor que o modelo anterior, além de ser mais leve. Quem valoriza portabilidade certamente vai gostar desse aspecto.

Graças ao novo design, o aparelho agora funciona com o Apple Pencil de segunda geração, que se conecta magneticamente na lateral para realizar o pareamento e carregar sua bateria.

Outro aspecto herdado do iPad Air foi a porta USB-C no lugar da porta Lightning. Com ela é possível realizar transferência de dados até 10 vezes mais rápido e conectar acessórios como câmeras, pendrives e leitores de cartão SD.

O processador do novo iPad mini é o mesmo dos novos iPhones 13 e 13 Pro, o A15 Bionic, garantindo um aumento de performance de 40% na CPU, 80% na GPU e uma Neural Engine duas vezes mais rápida. Para quem prefere o modelo com conectividade celular, ele também conta com suporte a 5G.

Uma curiosidade é que, durante o vídeo do evento, a Apple não falou qual era o processador do iPad mini, mencionando apenas alguns números de performance relativos em comparação com a geração anterior. Quando isso aconteceu, ficou claro para mim que se tratava do novo A15, porém a empresa optou por não anunciar o novo chip com o iPad mini, mas com o anúncio do iPhone 13 que veio depois. Isso mostra o quão meticulosa é a empresa quando se trata de revelar segredos dos seus produtos.

As câmeras do iPad mini também receberam novidades, com 12 megapixels na câmera traseira, que agora consegue tirar fotos melhores com baixa luminosidade. A câmera frontal também foi atualizada e recebeu o recurso Palco Central, o mesmo que chegou no iPad de entrada.

O novo iPad mini ainda não tem data para chegar ao Brasil, mas seu preço já foi divulgado, infelizmente mais alto que a geração anterior: o modelo de entrada sem conectividade celular e com 64 GB de armazenamento fica por R$ 5.579 à vista na loja da Apple.

Já estou planejando adquirir este iPad mini para substituir meu iPad atual, um iPad Pro de 11 polegadas, modelo 2019. O motivo é que meu maior uso do iPad é para leitura, então não preciso de todos os recursos especiais presentes no iPad Pro.

Por conta do iPad Pro ser relativamente grande e pesado, mesmo eu tendo o modelo de 11 polegadas, acabo não o usando muito. Essa melhor portabilidade do iPad mini me faz acreditar que acabarei tirando mais proveito dele. Se você assim como eu valoriza portabilidade acima de tudo quando o assunto é iPad, vale considerar o novo iPad mini.

Apple Watch Series 7

Apple Watch Series 7 - Divulgação/ Apple - Divulgação/ Apple
Imagem: Divulgação/ Apple

Depois de falar do novo iPad mini, a Apple anunciou a nova versão do seu relógio inteligente: o Apple Watch Series 7. Apesar do produto não se parecer nem um pouco com os rumores — falo mais sobre isso depois — a atualização recebeu algumas novidades bastante atraentes, especialmente para quem não tem um Apple Watch ou está usando um modelo mais antigo e quer atualizar.

A primeira novidade é que o chassis do Apple Watch Series 7 é levemente maior que o da geração anterior, passando de 40 mm e 44 mm para 41 mm e 45 mm. Com isso, a tela ganhou um aumento de 20% de área útil, chegando até muito perto das bordas. No modo always-on, a tela do Series 7 é até 70% mais brilhante que a da geração anterior.

As mudanças externas não param por aí: o vidro da tela (que a Apple chama de cristal) possui novo formato e é 50% mais espessa, o que aumenta significativamente a resistência a impactos.

A linha agora oferece as cores verde, azul, Product Red, estelar e meia-noite. Existem também alguns mostradores novos que são exclusivos do Series 7, incluindo o mostrador Contorno, que realça o fato da tela atingir quase até o final da borda do dispositivo.

Outras novidades de software exclusivas do Series 7 incluem a capacidade de exibir até 50% mais texto, graças ao aumento da tela.

Pelo mesmo motivo, o watchOS finalmente conta com um teclado "de verdade" no Series 7, sendo possível a digitação letra por letra ou utilizando a função swipe, assim como no iOS.

A bateria do Series 7 promete entregar a mesma duração do Series 6: cerca de 18 horas de uso numa só carga. O carregamento do Series 7 agora pode ser feito com um carregador USB-C, ficando até 33% mais rápido. Além disso, com um carregador suportado, é possível carregar o Series 7 por apenas 8 minutos e ter bateria suficiente para dormir com ele uma noite inteira, fazendo analise do sono.

No que diz respeito a conectividade e recursos de saúde, o Series 7 continua igual à geração anterior, com ECG, medição de batimentos cardíacos e todos os outros sensores aos quais já estamos acostumados.

A Apple ainda não divulgou a data de lançamento nem os preços de todos os modelos do Apple Watch Series 7, assim como não divulgou o preço do modelo de entrada dele aqui no Brasil. Nos Estados Unidos, o modelo GPS de 41 mm custa US$ 400, mesmo valor do Series 6. É bem provável que o preço da geração atual seja mantido por aqui também.

Para quem já possuí um Apple Watch Series 6, fica difícil justificar o upgrade este ano, a não ser que a durabilidade da tela e o fato do Series 7 trazer um teclado virtual completo sejam essenciais. Quem ainda está no Series 5, Series 4, ou anterior verá mais benefícios no upgrade.

Voltando à questão dos rumores, este ano é um bom exemplo do porquê devemos sempre olhar vazamentos e rumores com uma boa dose de ceticismo, de modo a controlar as expectativas.

O Apple Watch Series 7 é uma atualização pequena, porém com algumas novidades muito bem-vindas, mas como os rumores "prometiam" muito mais, muita gente acaba ficando frustrada. É bem provável que o redesenho do Apple Watch que vimos nos rumores deste ano seja de fato algo que a Apple planeja fazer, mas talvez no modelo do ano que vem.

Outra possibilidade é que a empresa tinha o modelo que acabou sendo lançado como Series 7 como uma espécie de "plano B" caso não conseguisse finalizar o projeto do novo Apple Watch a tempo do lançamento anual, o que explicaria o fato do Series 7 ter exatamente o mesmo processador do Series 6 e não ter nem mesmo um código de modelo muito diferente do anterior.

Qualquer que seja o motivo, fica o ensinamento de não criar expectativas com base em rumores ou vazamentos.

Apple Watch Series 3 continua na linha

Pequena pausa antes de falarmos sobre o iPhone 13 para um anúncio de utilidade pública: não compre o Apple Watch Series 3.

A Apple manteve na linha do Apple Watch o Series 3, modelo que foi lançado originalmente em 2017. Para quem não se lembra, o Apple Watch Series 3 foi o último a ter o design "clássico", com a tela retangular centralizada no topo do relógio.

Por conta do seu preço baixo, a Apple tem optado por manter o modelo na linha, servindo como modelo de entrada para quem quer um Apple Watch sem gastar muito. O problema é que, apesar do preço baixo, o Apple Watch Series 3 não vale o que custa.

Ele tem sérios problemas de performance, a tela pequena já não é mais suportada tão bem pelo próprio sistema operacional e aplicativos de terceiros e o armazenamento interno dele é tão pequeno que muitas pessoas não conseguem sequer instalar atualizações do watchOS, por falta de espaço.

A experiência de usar um Apple Watch Series 3 não é boa e tende a piorar ainda mais com o passar do tempo.

Então, se você gostaria de ter um Apple Watch mas quer economizar, recomendo buscar um Series 4 ou superior usado, ou então comprar o Apple Watch SE.

iPhone 13 e iPhone 13 Pro

iPhone 13 - cinematic mode - Divulgação/ Apple - Divulgação/ Apple
Imagem: Divulgação/ Apple

Finalmente, chegamos à tão esperada nova geração do iPhone. Apesar de algumas dúvidas em torno do número 13, por ter uma conotação negativa em algumas culturas, a Apple decidiu adotá-lo para nomear a nova linha do iPhone.

As variações do iPhone 13 são as mesmas da linha 12: iPhone 13 mini, iPhone 13, iPhone 13 Pro e iPhone 13 Pro Max. Já adianto que, nos modelos Pro, não há diferença entre o Pro e o Pro Max exceto o tamanho da tela e bateria. Então, se está pensando em ir de iPhone 13 Pro, escolha o tamanho que mais lhe agrada pois os recursos são idênticos entre os dois.

Em relação ao design do iPhone 13, todos os modelos contam com uma redução no recorte superior da tela, onde ficam os sensores de Face ID e câmera frontal. Ele está cerca de 20% menor, um pouco mais estreito. Houve um leve aumento na altura do recorte, mas quase imperceptível.

As cores do iPhone 13 e 13 mini foram atualizadas, sendo agora rosa, azul, meia-noite, estelar e Product Red. As cores meia-noite e estelar substituem de certa forma as opções preto e branco da geração anterior, mas a estelar não é um branco puro, lembrando mais uma cor "creme".

A linha Pro também teve suas cores renovadas, com as opções azul-sierra, prateado, dourado e grafite.

Por dentro, os novos iPhones trazem o novíssimo A15 Bionic, chip da Apple com dois núcleos de alta performance e quatro de alta eficiência. O processador gráfico recebeu um upgrade, com seis núcleos (um a mais que a geração anterior).

Já se está falando sobre como o A15 é um update "fraco" quando comparado ao A14, visto que, em termos de performance pura, não houve uma mudança muito grande como nos anos anteriores.

No entanto, é importante ressaltar que existem duas formas de aumentar o aproveitamento de um processador: a primeira delas é aumentando a performance crua, o que pode ser visto claramente em benchmarks sintéticos e o que a maioria das pessoas entende como "um chip mais rápido".

A segunda forma de aumentar o aproveitamento de um processador é melhorando sua eficiência energética, ou seja, fazendo mais com menos energia, o que no fim das contas resulta em uma maior duração da bateria.

O chip A14 Bionic, que dá vida aos iPhones da linha 12, já é extremamente mais rápido e eficiente que os chips da concorrência.

Neste ano, a Apple preferiu investir o avanço do processador em eficiência, em vez de gastar tudo em mais performance crua. Mesmo assim, benchmarks que têm aparecido por aí mostram um aumento visível na performance do A15.

Este investimento na melhoria da eficiência do novo chip somado a um aumento da bateria nos novos iPhones traz um benefício tangível para os usuários: a Apple conseguiu aumentar em até uma hora e meia de uso a duração da bateria do iPhone 13 Pro. O iPhone 13 Pro Max pode ter um aumento de até duas horas e meia no tempo de uso.

Mas voltando às novidades, vamos falar de câmera. Os iPhones 13 e 13 mini receberam melhorias nas câmeras traseiras, com destaque para a grande-angular, que agora conta com estabilização óptica de imagem por deslocamento de sensor (sensor-shift), além de um sensor capaz de captar até 47% mais luz, garantindo fotos nítidas em ambientes menos iluminados.

A câmera ultra-angular dos iPhones 13 e 13 mini também foi atualizada, contando agora com maior entrada de luz e um sensor mais sensível, novamente melhorando as fotos no escuro quando utilizando a câmera ultra-angular.

Nos iPhones 13 Pro e 13 Pro Max, as câmeras também receberam novidades interessantes. Os componentes do sistema de câmeras permanecem os mesmos, com as câmeras grande-angular, ultra-angular e teleobjetiva, além do sensor LiDAR para captura dos dados de profundidade e realidade aumentada.

Na teleobjetiva, os iPhone 13 Pro e 13 Pro Max agora contam com zoom óptico de até 3x, contra 2x e 2,5x da geração anterior. A ultra-angular recebeu uma lente capaz de captar até 92% mais luz que a geração anterior, contando também com a capacidade de tirar fotografias macro a até 2 cm do objeto fotografado.

Com relação à câmera grande-angular, a mais usada, as novidades são um sensor maior, o maior que a Apple já fez, capaz de captar mais de 2x mais luz que a geração anterior. A estabilização de imagem com sensor-shift também está presente, em ambos os modelos.

No software, os novos iPhones também receberão algumas novidades bem-vindas para as câmeras. A primeira delas é um recurso chamado de "estilos fotográficos", perfis de estilo de cor e outros ajustes que o usuário pode selecionar na hora de tirar a foto.

A segunda novidade, que a Apple chama de "modo cinema", é como se fosse o modo retrato para vídeo, mas com alguns toques interessantes.

O sistema é capaz de manter o fundo desfocado no vídeo, mas permite a mudança do foco em tempo real, o que possibilita a filmagem de cenas com um visual cinematográfico.

Além disso, também é possível alterar o que está em foco e o quão borrado é o fundo depois da gravação, na hora de editar o vídeo.

Fora as câmeras, vale destacar um recurso muito esperado que finalmente chegou nos iPhones 13 Pro e 13 Pro Max: a tela ProMotion. Já presente em muitos aparelhos Android e nos iPads Pro, a tela ProMotion tem uma taxa de atualização de 120Hz, o dobro de uma tela normal. Isso significa que tudo o que você faz no aparelho parece mais fluido, especialmente jogos e animações da interface como rolagem de listas longas.

Os novos iPhones utilizam uma taxa de atualização variável, ou seja, a tela pode variar quantas vezes por segundo ela atualiza o conteúdo, indo de apenas 10 vezes por segundo, até o máximo de 120 vezes por segundo, tudo isso dependendo do conteúdo e do movimento do que está na tela.

O benefício disso é que você pode ter a experiência extremamente fluída de um jogo em 120 fps, mas quando estiver apenas lendo algum conteúdo estático, por exemplo, a tela pode atualizar com menos frequência, o que é muito bom para a vida útil da bateria.

Outras novidades menores na linha iPhone 13 incluem o suporte a dual eSIM, permitindo o uso de duas linhas virtuais ao mesmo tempo sem um chip físico; também houve um aumento no brilho máximo da tela e pela primeira vez a Apple está oferecendo um iPhone com a opção de 1 terabyte de armazenamento, disponível nos modelos Pro.

Vamos aos preços: o iPhone 13 mini de 128 GB custará a partir de R$ 5.949 à vista na Apple Store, o iPhone 13 com a mesma capacidade a partir de R$ 6.839, o iPhone 13 Pro, R$ 8.549, e o iPhone 13 Pro Max, R$ 9.449.

Seguindo um princípio semelhante ao do Apple Watch Series 7, não acredito que valha a pena comprar um iPhone 13 para quem já tem um iPhone recente. Para quem ainda está nos modelos da linha Xs ou anterior, o upgrade começa a valer mais a pena, já que muitas novidades foram introduzidas entre aquela geração e a linha do iPhone 13.

Pessoalmente, a tela ProMotion e as melhorias de câmera do iPhone 12 Pro já valem a pena para quem liga para essas coisas.

Os efeitos da pandemia na Apple

Feito o resumo de tudo que a Apple anunciou no evento, vale comentar uma impressão que tive nos anúncios deste ano. A empresa lança novas gerações dos seus produtos todos os anos, alguns com novidades mais tímidas, outros com novidades um pouco mais expressivas.

Em 2020, no começo da pandemia, se especulou muito sobre como ela poderia afetar o desenvolvimento de novos produtos tecnológicos, incluindo a Apple. Na época, o consenso geral foi que os lançamentos de 2020 não seriam afetados pela pandemia, visto que a empresa começa a desenvolvê-los com bastante antecedência.

A impressão que eu tive agora que tudo foi anunciado é que a especulação estava correta e que estes foram os produtos que a Apple teve dificuldades para desenvolver por conta da pandemia.

O exemplo mais claro disso é o Apple Watch Series 7, que talvez tenha sido um plano B após um projeto mais ambicioso não ter andado e que, apesar de anunciado, não tem nem uma data de lançamento oficial divulgada — a Apple se limitou a dizer "ainda este ano".

Essas dificuldades podem incluir desde a escassez de chips, que tem afetado toda a indústria, até dificuldades mais práticas no trabalho remoto e impossibilidade de realizar viagens constantes para a China para supervisionar as linhas de produção e resolver problemas.

Apesar de tudo, a Apple anunciou bons produtos este ano, que podem não ser muito interessantes para quem já tem os aparelhos do ano passado, mas que sem dúvida vão agradar aqueles que estão migrando de outra plataforma ou trocando um aparelho mais antigo.