da Apple TV+?

Minha maçãzinha lançou a Apple TV+, novo serviço de streaming de vídeo. Como sempre olhei para isso, vou fazer alguns comentários. Em 2010, a venda da 1ª Apple TV não ia bem, e um repórter perguntou onde erramos. "Em lugar nenhum", eu disse. Para nós, Apple TV não era um pilar; só um hobby. Isso mudou desde que parti.

Gostei de a Apple TV+ agora não ser um objeto, mas um app. E também de o principal chamariz serem produções que originais com Oprah, Jennifer Aniston e até Steven Spielberg. Isso é ótimo. Sempre enolvemos grandes nomes das artes em produtos. Para mostrar a 1ª Apple TV, fizemos show de John Legend e já tivemos iPod com o U2.

Gosto muito da ideia de produzir não só tecnologia, mas arte. Não é à toa que em 1986 comprei a Pixar por US$ 10 milhões - uma bagatela, já que 20 anos depois a Disney pagou US$ 7,4 bilhões por ela. Antes disso, em 1995, Toy Story se tornou o 1º filme feito completamente por computador. Com tecnologia e entretenimento, fizemos história.

Outro ponto forte da Apple TV+ é o usuário pode conectar contas de serviços de streaming (Amazon Prime, HBO Go e Globo Play) para ver tudo no mesmo app. Parece o que fiz com o iTunes. Se for para criar um lugar para verem conteúdos de diferentes marcas, que esse lugar seja meu.

Outra semelhança com o iTunes é que agora você poderá acessar a Apple TV fora de equipamentos da marca. O app estará disponível para TVs de concorrentes, como a Samsung. Fui radicalmente contra liberar o iTunes para PC, mas depois percebi algo inegável: deu certo e ajudou a popularizar os iPods.

No geral, gostei da Apple TV+. Sempre fui fã da Netflix. Em 2010 o CEO deles, Reed Hastings, anunciou comigo a chegada do serviço ao iPad. Agora seremos rivais, e o hobby pode virar um belo negócio. Só tenho uma crítica: a seção infantil. Não quero crianças horas na frente de telas. Sempre limitei o contato de meus filhos com iPads.