O que Steve diria...

sobre o Galaxy Z Flip?

Arte/UOL
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A Samsung lançou o Z Flip, modelo de tela flexível, mas com carinha de anos 2000. Não é o primeiro dobrável do mundo nem o primeiro da Samsung, que anunciou o Galaxy Fold há um ano. Mas, como ele tem algumas peculiaridades, gostaria de comentar...
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O Z Flip fica no meio termo: não estica nem dobra totalmente. Parece bobagem, mas é inovador. A metade inferior vira um apoio para ninguém ficar segurando o celular em videoconferências. Amei. A 1ª câmera frontal da Apple foi feita para videocalls, não selfies. Essa base torna tudo muito mais prático.
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Para mim, a utilidade da base termina aí. Para a Samsung, não. Há o caráter multitarefa do celular. Dá para fazer algo na tela de cima e outra coisa na de baixo. Ao mesmo tempo. Não gostei. Ninguém faz bem duas coisas simultâneas. Melhor focar em dar uma só experiência aos usuários e que ela seja incrível.
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Outro acerto é a limpeza interna. Como a tela se dobra, sujeira e pó ficam dentro do celular. Mas a Samsung criou uma espécie de faxina automática. Genial. Os teclados da Apple já foram um problema por juntarem muito pó. Em 2018, até rolou um recall. Nessa, a concorrência deu aula.
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O Z Flip resgata aquele barulinho que os flips faziam ao fechar. O som é icônico e gosto disso. Na Apple, o Jim Reekes, designer de sons, trabalhou em pequenos barulhos que fizeram história, como o Sosumi: o sonzão que toca ao ligar um iMac. Mas me incomoda a grande vantagem do design ser só esse som...
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A verdade é Z Flip e Motorola Razr exploram o saudosismo. Sou contra isso. Os designs da Apple até eram inspirados em obras retrôs. Mas era apenas questão estética, nunca foi estratégia de venda. Os flips, não. O modelo é o único atrativo. E eu acredito que os dias mais inovadores ainda estão por vir.
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Qual o veredito?

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Meu veredito não pode ser outro: Não gostei! Celulares têm de trazer novidades. A Apple patenteou um modelo dobrável, e já estou me preparando. Ficarei decepcionado se não for inovador. Se é para ficar no passado, melhor imitar o que eu fiz, não os celulares pré-iPhone. Eles só viraram smart por uma razão...
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Publicado em 14 de fevereiro de 2020.
Texto: Felipe Germano

Arte: Deborah Faleiros

Edição: Helton Simões Gomes

Aqui a gente faz um exercício de imaginação para saber o que Steve Jobs, sarcástico como só ele, acharia dos lançamentos atuais. Quinzenalmente em Tilt.

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