O que Steve Jobs diria...

Sobre o Galaxy S20?

Arte/UOL
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Se na década de 1990 meu maior rival era o Windows, hoje claramente o sistema concorrente da Apple é o Android. Pouco antes do planeta ser atingido pelo coronavírus, a Samsung lançou um novo modelo com esse sistema operaciona. Vou aproveitar minha quarentena para falar um pouco sobre o Galaxy S20.
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O principal atrativo do novo celular são quatro câmeras que resultam em absurdos 108 MP. O iPhone mais potente tem só 12 MPs. Isso me deixa enciumado? Nem um pouco. Apesar do zoom de até 100 vezes do S20, os resultados não são nada incríveis. É a prova de que não deu certo.
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Outro grande recurso são as fotos com pouca luz, porque vem com um sensor 3x maior que do S10. Comparações com o iPhone 11 mostram que as nossas fotos ainda são melhores. Nosso ex-designer, Jony Ive, uma vez resumiu: "É fácil falar de atributos que podemos medir com números. É bem mais difícil fazer produtos [de fato] melhores".
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Mas não estou aqui só para criticar. Por conta da qualidade das câmeras, o celular consegue transformar frames de vídeos em fotos de alta qualidade. Isso é muito legal. Quando era criança, disputava competições de natação. Essa tecnologia com certeza teria me rendido belas fotos mergulhando, seria incrível.
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A memória do aparelho impressiona. Com cartões expansivos, os modelos com mais armazenamento atingem até 1,5 TB. De acordo com a Samsung, isso significa 500 filmes baixados para você assistir quando quiser. Isso é mais do que o catálogo completo do iTunes quando foi lançado.
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Também gostei que a Samsung investiu na segurança. O aparelho traz um sistema de proteção de informações inédito, que consegue ocultar seus criptodados de invasores. Em teoria, é o Android mais seguro já feito. Sempre defendi que segurança deveria ser uma prioridade, agora é.
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Por outro lado, a Samsung está insistindo em vender como novidade funções que já existem há algum tempo em outros modelos. Há um superdestaque, por exemplo, à proteção contra água e poeira conhecida como IP68. Isso é encontrado nos iPhones desde 2018, como o XS.
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Qual o veredito?

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Negativo. O celular não é ruim, mas ele se apóia quase que exclusivamente no número de megapixels da câmera para justificar sua existência --o que, para mim, não faz o menor sentido. Não deixa de ser uma boa compra para os fãs de Android. Só não trocaria meu iPhone 11 por ele, até porque os preços estão bem parecidos. Vai de cada um.
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Publicado em 10 de abril de 2020.
Texto: Felipe Germano

Arte: Micaele Martins

Edição: Márcio Padrão

Aqui a gente faz um exercício de imaginação para saber o que Steve Jobs, sarcástico como só ele, acharia dos lançamentos atuais. Quinzenalmente em Tilt.

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