O que Steve Jobs diria

Sobre os novos iPhones 11

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Como minha maçãzinha lançou os iPhones 11, vou falar algumas coisas. Fiquei feliz com a bateria melhor. Sempre foi uma das minhas preocupações. Isso era prioridade quando fiz o 1º iPhone. Anos depois, criei caso com o Flash, da Adobe. Ele sugava a bateria de qualquer aparelho. E bateria é qualidade.
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Já o preço me preocupa. O iPhone 11 Pro Max custa US$ 1.100, o mais caro da história! Tudo bem que o 1º iPhone custava até US$ 600. Era o celular mais caro da época. O Steve Ballmer, então presidente da Microsoft, perguntou em uma entrevista quem pagaria. Ele ria, ria. Pelo jeito, muita gente.
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O que mais chama a atenção no design todo são as câmeras. São três na na parte de trás! Adoro fotografia -- um dos meus ídolos é o Edwin Land, fundador da Polaroid. Ele me ensinou que negócios são uma intersecção entre ciência e arte. Por isso fico feliz em saber que as fotos sairão ainda melhores.
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As novas câmeras ajudarão a fotografar melhor no escuro, o que seria muito útil nos meus tempos na Atari. Por acharem que eu tinha temperamento explosivo, me mandaram trabalhar sozinho à noite. Uma foto ou outra ajudaria a passar o tempo.
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Tenho de ser sincero. Uma coisa me incomoda nessas câmeras. Estamos copiando a concorrência. As câmeras triplas já estão no mercado há quase 2 anos. Começaram com a Huawei e foram adotadas pela Samsung. Agora, trazemos algo que não é drasticamente novo. Isso vai contra o que eu sempre preguei.
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Qual o veredito?

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"Bons artistas copiam; ótimos artistas roubam", cheguei a dizer. Muita gente interpretou mal, mas expliquei que o ótimo é roubar ideias de áreas como música, pintura, zoologia... Pegar coisas da concorrência é copiar sem grande classe. No iPhone 11 fomos, no máximo, bons artistas.
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Texto: Felipe Germano

Arte: Suellen Lima

Edição: Helton Simões Gomes

Aqui a gente faz um exercício de imaginação para saber o que Steve Jobs, sarcástico como só ele, acharia dos lançamentos atuais. Quinzenalmente em Tilt.

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