Olimpíadas de Tóquio 2020

Sabia que a inteligência artificial ajuda a provar quem deve ganhar as medalhas nas competições? Câmeras, pistola eletrônica, touchpad na piscina e até exoesqueleto fazem parte das tecnologias adotadas nas Olimpíadas

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Em 1964, as Olimpíadas também foram realizadas em Tóquio. Desde então, o Japão, sempre na vanguarda tecnológica, usou artifícios que encantaram o mundo dos esportes.
Nos jogos de Tóquio 2020 (mesmo com o atraso por causa da pandemia de Covid-19, optou-se por manter o ano oficial) várias das tecnologias adotadas marcam uma nova era na medição de dados em tempo real e monitoramento de desempenho dos atletas.
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É o atletismo a grande estrela que ilustra com riqueza de detalhes a evolução tecnológica. Quem oferece a tecnologia de cronômetro, por exemplo, dos Jogos Olímpicos é a empresa Omega, desde 1932.
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As provas contam com o cronômetro Quantum Timer, de alta precisão. Ele registra dados na marca de milionésimo de segundo. Acionado por um componente de microcristal embutido, o desempenho é 100 vezes maior do que em versões anteriores, segundo a empresa.
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Pistolas com partida eletrônica são usadas para deixar a competição mais justa. Como o som viaja mais devagar do que a luz, os atletas nos pontos mais distantes em uma corrida -- ou durante a natação -- podem ouvir a largada com intervalos diferentes de outros competidores. A tecnologia resolve esse problema deixando todos na mesma régua.
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A pistola fica conectada a alto-falantes posicionados atrás de cada pessoa. Quando o gatilho é pressionado, um som é "tocado", um flash de luz é emitido e um pulso inicial é dado ao cronômetro Quantum. É um sistema tecnológico todo integrado.
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Os blocos de partida também foram aprimorados com tecnologia de ponta e sensores capazes de medir a força do atleta contra o apoio para os pés cerca de 4 mil vezes por segundo. Esse sistema serve para alertar os juízes sobre atletas que "queimam" a largada.
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As regras do atletismo fixam o tempo mínimo de reação em 100 milissegundos (um décimo de segundo) numa corrida. Qualquer reação abaixo deste limite é considerada prematura e falsa partida.
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Quem quebra todos os recordes quando se trata da linha de chegada é a câmera que responde pelo nome de Scan'O'Vision MYRIA. O equipamento é capaz de registrar até 10 mil fotos por segundo. Isso gera uma superfoto composta de vários cliques para que os juízes possam determinar a classificação final e os tempos de cada atleta numa corrida.
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Aquela tradicional fita esticada para receber os vencedores foi substituída desde 1948 pela tecnologia de fotocélula, que emite feixes de luz na direção do limite de chegada dos atletas. Assim que a pessoa vencedora cruza esses feixes, o seu tempo é registrado instantaneamente.
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Quatro fotocélulas ficam na linha de chegada, todas integradas em um único aparelho, permitindo que mais padrões corporais sejam detectados. A tecnologia ajuda, mas é preciso acrescentar que o tempo final oficial é sempre obtido através das fotos capturadas pela câmera de alta potência (explicada anteriormente).
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Nas piscinas, os próprios atletas são responsáveis por interromper a contagem do cronômetro. Eles fazem isso ao tocar o touchpad (sensor tátil) localizado nas extremidades da piscina, dentro da água.
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Como é o touchpad instalado dentro da piscina:
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Em esportes como vôlei de praia, por exemplo, câmeras com tecnologia de visão computacional são usadas para rastrear o movimento dos atletas, altura dos saltos e até a velocidade da bola.
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Isso significa que o sistema de inteligência artificial adotado precisou aprender a reconhecer diversos dados durante as partidas da modalidade. A partir disso, a IA se tornou capaz de combinar o que sabe com as informações recolhidas em tempo real por sensores de giroscópio nas roupas dos jogadores.
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Na ginástica, os atletas são monitorados pelo que a empresa Omega chama de "detecção de postura", uma nova tecnologia que registra movimento e técnica, sincronicidade e a precisão com que um atleta atinge a área marcada no meio do tapete de salto durante a prova de solo.
Ricardo Bufolin/CBG
O sistema também é usado como ferramenta para os juízes darem as suas notas baseados em dados concretos. Os atletas estão cientes das informações que são coletadas durante as competições.
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Um exoesqueleto chamado Panasonic Power Assist Suit é novidade nesta edição. Ele é usado por auxiliares nas disputas olímpicas de levantamento de pesos. Com o traje, a coluna dos profissionais fica preservada, evitando o risco de lesão acidental.
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Os trajes contém sensores integrados que detectam movimentos para fornecer aos auxiliares energia mecanizada para realizar as tarefas com maior facilidade e segurança, reduzindo o estresse ao levantar ou abaixar objetos do chão até a altura da sua cintura.
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A tecnologia também tem sido usada para controlar a disseminação do novo coronavírus. Todo credenciado no sistema olímpico exige o download de aplicativos para registro diário de condições de saúde e relatos de possíveis sintomas, como tosse, febre e dores no corpo. Quem estiver com suspeita de infecção pode ser impedido de entrar nas arenas de Tóquio.
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Tóquio 2020 também entra na história com a primeira Olimpíada a usar a tecnologia de reconhecimento facial para dar acesso a funcionários, atletas, autoridades e jornalistas em suas mais de 40 arenas. O projeto começou em 2016 e se consolidou nos jogos do Japão.
Publicado em 04 de agosto de 2021.
Texto: Melissa Cruz Cossetti (colaboração)
Edição: Bruna Souza Cruz, de Tilt


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