Deu ruim

Veja 10 inventores e cientistas mortos por suas próprias criações

DarkmoonArt_de/ Pixabay
Nem sempre descobertas científicas ou novas tecnologias trazem impactos positivos de primeira.
Prova disso foram os inúmeros acidentes fatais que sofreram pesquisadores, cientistas e inventores ao longo da história.
Arturas Serapinas/ Pixabay

Otto Lilienthal (1848-1896)

Engenheiro mecânico alemão, o "pai dos voos de planador" iniciou experimentos com asas-deltas em 1867 e em 1889 publicou um estudo sobre aerodinâmica e voo de cegonhas, considerado à época uma referência para a aviação.
Divulgação/ Lilienthal Museum
Mas o desenvolvimento de teorias, mais de 2.000 testes e um total de cinco horas nos céus não evitaram seu fim trágico. Morreu um dia após despencar 17 metros com seu planador Normal Glider e fraturar a coluna. "Sacrifícios precisam ser feitos", teria dito.
Divulgação/Library of Congress, Washington, D.C.

Thomas Andrews (1873-1912)

É de autoria desse projetista naval irlandês o luxuoso RMS Titanic. O transatlântico "inafundável" sucumbiu às águas gélidas do Atlântico Norte, após colidir com um iceberg na noite de 14 de abril de 1912.
Divulgação/ Library of Congress, Washington, D.C
Segundo investigações não conclusivas, o capitão teria acelerado a velocidade do navio para chegar a seu destino final antes do previsto e impressionar a imprensa. O naufrágio tirou a vida de Andrews e de outras 1.500 pessoas.
Divulgação/ University of Maine Farmington

Franz Reichelt (1878-1912)

Alfaiate e um dos precursores do paraquedas moderno, esse austríaco criou um protótipo nada ergonômico, semelhante a um cobertor preso ao corpo por elásticos, e quis testá-lo de um local que todos o pudessem vê-lo.
Divulgação/ British Pathé
Em 1912, reuniu vários expectadores e saltou da mais alta estrutura do mundo até então, a Torre Eiffel, em Paris.
Registrada em vídeo, a demonstração terminou com uma queda de 60 metros e Reichelt infartado no chão.
Divulgação/ British Pathé

Louis Slotin (1910-1946)

Passada a Segunda Guerra, esse físico americano do Projeto Manhattan, de fabricação das bombas atômicas que foram lançadas sobre o Japão, continuou com seus experimentos no Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México.
Divulgação/ Los Alamos National Laboratory
Em 1946, enquanto trabalhava num teste de alto risco que batizou de "cutucando o rabo do dragão", desencadeou uma fissão nuclear que o expôs a uma dose extremamente alta de radiação ionizante e o desintegrou nove dias depois.
Divulgação National Archives and Records Administration

Thomas Midgley Jr. (1889-1944)

Embora esse químico e engenheiro mecânico dos EUA tenha criado compostos altamente tóxicos, como o aditivo para gasolina TEL (tetraetilchumbo) e o Freon, um dos primeiros CFCs (clorofluorcarbonos), não foram eles que o mataram.
Divulgação/ Encyclopaedia Britannica
Em 1940, após contrair poliomielite e perder seus movimentos, Midgley inventou um aparelho com cordas e roldanas para ajudá-lo a se levantar da cama, mas que era complicado de ajustar sozinho e acidentalmente o estrangulou.
Divulgação/ Smithsonian Institution Arhives

Marie Curie (1867-1934)

Por seus feitos no campo da radioatividade, a primeira professora da Universidade de Paris também foi a primeira mulher e a única pessoa a conquistar o Prêmio Nobel em duas áreas distintas: Física (1903) e Química (1911).
Divulgação Encyclopaedia Britannica
Em 1898, Curie obteve com o marido um novo elemento químico, o polônio, que batizou em homenagem a Polônia, seu país de origem, e na sequência o rádio. Morreu de leucemia, em decorrência da exposição às suas pesquisas.
Divulgação/ Curie Museum ACJC Collection

Valerian Abakovsky (1895-1921)

Engenheiro soviético natural da Letônia, Abakovsky desenvolveu em 1917 o Aerowagon, um vagão experimental equipado com motor de avião e tração por hélice para transportar em alta velocidade oficiais do Exército Vermelho.
Divulgação/ Moscow State University
Estava prestes a lançar seu invento, quando em 24 de julho de 1921, na volta de uma viagem-teste para um grupo de bolcheviques, a locomotiva descarrilhou a 140 km/h. Sete dos seus 22 ocupantes morreram, incluindo Abakovsky.
Divulgação/ University of Warwick

Henry Smolinski (1933-1973)

Engenheiro aeronáutico e fundador da Advanced Vehicle Engineers (AVE), esse americano desenvolveu entre 1971 e 1973 o AVE Mizar, um protótipo de carro voador que mesclava partes de uma aeronave Cessna com um Ford Pinto.
Divulgação/ Northrop Rice Advanced Institute of Technology
Smolinski equipou uma segunda versão com um motor mais avançado, de 540 cavalos, o que desestabilizou a aeronave, que ainda perdeu uma das asas e acabou colidindo com um caminhão. Morreu durante o voo experimental.
Divulgação/ San Diego Air and Space Museum Archive

William Bullock (1813-1867)

Foi esse inventor americano que em 1863 automatizou a impressora rotativa, uma máquina enorme empregada em gráficas de grande porte, para que ela conseguisse imprimir milhares de cópias por hora, sem interferência manual.
Divulgação/ Encyclopaedia Britannica
O avanço, porém, saiu caro. Enquanto instalava uma impressora dessas no jornal Public Ledger, na Filadélfia, Bullock chutou uma correia que se soltou sozinha e acabou prendendo a perna. Morreu no procedimento de amputação.
Divulgação/ Encyclopædia Britannica

Max Valier (1895-1930)

Um dos fundadores da Verein für Raumschiffahrt, sociedade alemã que incentivou a corrida espacial no início do século 20, Valier trabalhou ainda na produção de uma série de carros de corrida e aeronaves movidos por foguetes.
Divulgação/ Smithsonian National Air and Space Museum
Pena não ter chegado à Lua. Em 1930, menos de um mês após realizar o primeiro teste de um carro-foguete, o Valier-Heylandt Rak7, o inventor morreu quando o motor do seu possante explodiu e um estilhaço o atingiu.
Divulgação/ Biblioteca Nacional Austríaca
Publicado em 30 de dezembro de 2020.
Texto: Marcelo Testoni
Edição: Edilson Saçashima (colaboração) e Márcio Padrão



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