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League of Legends: Croc acusa Rensga de não pagar o salário prometido

Croc e Yuri, jogadores de League of Legends para a Rensga eSports - Bruno Alvares/Riot Games
Croc e Yuri, jogadores de League of Legends para a Rensga eSports Imagem: Bruno Alvares/Riot Games

Por Samara Barboza

Colaboração para o START

16/09/2021 11h50

Um desabafo nas redes sociais agitou a comunidade de League of Legends na noite da última quarta (15). O caçador sul-coreano, Croc, vice-campeão do CBLOL pela Rensga Esports, reclamou em seu Twitter que a organização não cumpriu compromissos financeiros com ele e o mid laner Yuri, também da Coreia do Sul. Croc pediu mais atenção com os jogadores estrangeiros.

Segundo Croc, a Rensga não arcou com o que havia assegurado ao contratar o duo sul-coreano, pagando apenas "60 a 70% do prometido". Djary Veigas, CEO da Rensga, nega as acusações. Confira a atualização do caso ao final da reportagem.

Croc também afirma que ele e Yuri tiveram de pagar um teste de Covid-19 PCR do próprio bolso caso quisessem viajar com o time para a Coreia do Sul. Para piorar, mesmo cumprindo o cronograma da organização, ambos perderam o voo e foram informados que deveriam arcar com o valor de uma nova passagem aérea.

"A Rensga nos disse que, para pegarmos o voo mais rápido para a Coreia do Sul, deveríamos pagar R$ 5,2 mil cada. Ou R$ 2 mil cada se quiséssemos pegar o segundo voo mais rápido", desabafou.

Ainda segundo o pro player, a terceira opção oferecida pela organização seria esperar no Brasil por um mês. "No entanto, todos os nossos companheiros de time estarão voltando para casa na segunda-feira. Portanto, só eu e Yuri estaríamos na Gaming House de Goiânia e isso me deixa muito triste", escreveu.

O pronunciamento da Rensga

Djary Veigas, CEO da Rensga, também usou o Twitter para comentar o post viral de Croc:

Conforme prometido por Veigas, cerca de uma hora e meia após a publicação do jogador, a Rensga Esports lançou uma nota com sua versão. Confira o pronunciamento na íntegra:

"A Rensga BitPreço esclarece que as informações divulgadas pelo jogador sul-coreano Jong Hoon Park "Croc" em seu perfil do Twitter não condizem com a realidade.

Os dois jogadores receberam da organização os bilhetes para retornarem à Coreia nesta quarta-feira (15) e não conseguiram embarcar. Mesmo tendo chegado ao aeroporto dentro de um horário permitido pela companhia aérea, os dois sul-coreanos - e mais 15 passageiros - não procederam ao voo.

Neste momento, o jogador "Croc" exaltou-se e precisou, inclusive, ser contido. Em seguida, expôs situações inverídicas em seu perfil do Twitter.

A Rensga BitPreço, portanto, tem total segurança em afirmar que todas as cláusulas contratuais - inclusive os débitos financeiros - foram cumpridas com os jogadores. A organização não se eximirá de apoiar os dois estrangeiros até que consigam retornar ao seu país de origem."

A discussão continua

Croc voltou ao seu Twitter para rebater a versão da Rensga pouco tempo depois: "Não estou mentindo", afirmou o jogador.

Croc e Yuri chegaram a Rensga em maio para competir no segundo split do CBLOL, e alcançaram o segundo lugar no campeonato. O contrato da dupla está previsto para terminar em dezembro, e até o momento não há informações sobre planos de renovação.

O caso acabou motivando um debate importante nas redes sociais sobre a desvalorização que os "import players" sofrem com as organizações, já que a dupla sul-coreana da Rensga não foi o primeiro caso.

Situação similar aconteceu com o duo Patrick e BalKhan enquanto representavam a Redemption no primeiro split do CBLOL de 2020. Na ocasião, os jogadores acusaram a organização de não pagar os salários e ignorar tentativas de contato. Ambos deixaram a equipe antes do fim dos contratos.

ATUALIZAÇÃO - 18h03

Djary Veiga, CEO da organização, voltou a contatar a imprensa para esclarecer alguns pontos da disputa.

Veiga explicou que o acordo salarial de Croc e Yuri é de R$ 10 mil por mês, com direito a 70% da premiação do CBLOL. O executivo apresentou comprovantes de pagamento desde a contratação da dupla para provar o seu lado da história.

A única exceção foi em relação à suspensão sofrida por Yuri no início do split, quando a Rensga recebeu uma multa de R$ 5 mil, descontado no salário do mid laner.

Segundo o CEO, a acusação de Croc teria partido de uma possível parceria com a Nimo TV (plataforma gamer de streaming), que nunca aconteceu. Ao negociar com os sul-coreanos, foi mencionada essa possibilidade como um bônus salarial. Mas de acordo com Veiga, os jogadores estavam cientes que essa negociação não se concretizou.

Croc, por sua vez, também se pronunciou e pontuou a falta de transparência da organização ao usar essa negociação para persuadi-los. Afirma, que só foi avisado da situação 80 dias após chegar ao Brasil.

Veiga também explicou sobre o ocorrido no aeroporto. De acordo com ele, a programação teria sido seguida corretamente, mas, devido a uma política da companhia aérea, o embarque não foi permitido. Afirmou que pediu para os jogadores esperarem até a próxima semana na Gaming House para conseguirem passagens por um valor mais baixo, porém Croc teria insistido em voltar para a Coreia na sexta-feira (17).

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