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OPINIÃO

Jogamos: Back 4 Blood propõe diversão casual para órfãos de Left 4 Dead

Back 4 Blood - Divulgação/Warner Bros.
Back 4 Blood Imagem: Divulgação/Warner Bros.

Por Rodrigo Lara

Colaboração para Start

05/08/2021 16h00

Bastaram poucos minutos jogando Back 4 Blood em uma versão beta (porém com desenvolvimento claramente adiantado) para que rolasse uma espécie de viagem no tempo. O destino? O ano de 2009, quando foi lançado Left 4 Dead 2.

É inevitável fazer uma comparação com o game lançado à época para PC e Xbox 360. Em parte, pelo estúdio responsável, a Turtle Rock Studios, que já foi de propriedade da Valve, mas voltou a ser independente em 2010. Mas, principalmente, pela proposta do game: colocar equipes de quatro jogadores para enfrentar hordas de zumbis enquanto avança pelas fases.

A premissa é simples, mas competente, e tende a agradar bastante quem se sente órfão de Left 4 Dead. Por outro lado, o que foi visto até agora sobre o game traz qualidades para apagar o fiasco de Evolve, projeto mais recente da Turtle Rock Studios que brilhava na premissa, mas trazia uma execução bem abaixo da média.

Back 4 Blood - Divulgação/Warner Bros. - Divulgação/Warner Bros.
Imagem: Divulgação/Warner Bros.

Igual, mas diferente

Principal modo do jogo, a campanha reúne uma série de fases que se abrem conforme os jogadores avançam. É possível se divertir em grupo de quatro pessoas, mas se você não tiver outros três amigos, o jogo pode completar as vagas com bots ou, ainda, com outros jogadores online que estejam procurando partidas.

O progresso, em si, é simples e envolve ir de um ponto a outro do cenário, mas há uma série de locais secretos e objetivos secundários, como não disparar alarmes, não deixar ninguém do quarteto morrer e por aí vai.

Isso ajuda a criar uma necessária pitada de ineditismo, já que as partidas podem parecer repetitivas - afinal, o objetivo é sempre matar hordas e mais hordas de zumbis (ou algum inimigo mais casca grossa, que aparece de vez em quando).

"A nossa ideia é dar motivos para os jogadores sempre voltarem ao game. E uma boa forma de se fazer isso é tornar cada partida única", afirma Lianne Papp, produtora executiva da Turtle Rock.

Back 4 Blood - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Além de situações diferentes, os jogadores também têm à disposição armas bastante distintas entre si e que adicionam variedade ao gameplay. É possível ir para cima dos mortos-vivos portando armas de fogo, como rifles automáticos e de franco atirador, submetralhadoras, escopetas e pistolas; ou partir para um confronto mais "tête-à-tête", com armas como machados e porretes.

Da mesma forma, cada personagem escolhido para as missões têm habilidades únicas, que também podem garantir bônus para toda a equipe. Então, antes de cada missão, é essencial trocar uma ideia com o grupo. É preciso definir, por exemplo,quem vai levar itens específicos, como o conjunto de ferramentas que abre portas secretas, ou quem vai atacar inimigos mais à distância enquanto outros se envolvem no corpo-a-corpo.

Para finalizar o pacote de "elementos variáveis", há ainda um sistema de cartas, selecionadas antes da partida, que podem garantir vários tipos de vantagens. Por exemplo, o aumento dos pontos de vida dos personagens ou a possibilidade de se curar a cada abate quando a energia está crítica.

"Esse sistema é algo que, confesso, estou curiosa para ver como os jogadores vão utilizar. Há uma grande diversidade e é possível fazer combinações que aproveitem a sinergia entre elas", comenta Papp.

Back 4 Blood - Divulgação/Warner Bros. - Divulgação/Warner Bros.
Imagem: Divulgação/Warner Bros.

Você, zumbi

Além do modo campanha, o game também traz uma modalidade jogador contra jogador (PvP). Cada rodada é composta de dois turnos: na primeira, um controla um grupo de personagens humanos, e o outro, alguns zumbis específicos. Na rodada seguinte, os papeis se invertem. Quem sobreviver mais tempo com os humanos, vence.

"O modo PvP vai ser interessante para quem busca uma diversão mais rápida e descompromissada. São partidas curtas, algo interessante para aqueles momentos que não temos muito tempo para jogar, mas queremos nos divertir", avalia Papp.

Back 4 Blood - Divulgação/Warner Bros. - Divulgação/Warner Bros.
Imagem: Divulgação/Warner Bros.

Um apocalipse zumbi democrático

De maneira geral, Back 4 Blood rodou bem durante o teste e, mesmo com a tela cheia de zumbis, não foi sentido nenhum gargalo de desempenho. É algo fundamental em um jogo no qual qualquer vacilo pode significar a sua morte.

O game encontra-se totalmente traduzido para o português, tanto nos textos quanto nas dublagens - que trazem alguns momentos bem engraçados.

Back 4 Blood também é democrático em dois outros pontos. Primeiro, o controle: seja com o controle ou com mouse e teclado, é possível manejar os personagens de forma bem precisa, algo fundamental em jogos de tiro.

Segundo, o crossplay. O game sairá para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series S/X, e você poderá tranquilamente dividir partidas com jogadores em plataformas diferentes da sua. Para um game que se propõe multiplayer, isso é fundamental, porque amplia o acesso e mantém os servidores sempre cheios.

No final das contas, esse breve teste com Back 4 Blood deixou um gosto positivo. Agora é esperar até o dia 12 de outubro, quando a versão final do game será lançada - e com vantagem extra para jogadores de PC e Xbox, já que o jogo estará disponível já no lançamento para assinantes do Game Pass.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL