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Para criador, novo Amnesia vai ser assustador sem replicar o primeiro game

Dez ano depois, os criadores originais estão de volta com um novo Amnesia - Divulgação/Frictional Games
Dez ano depois, os criadores originais estão de volta com um novo Amnesia Imagem: Divulgação/Frictional Games

Makson Lima

Colaboração para o START

15/10/2020 04h00

Amnesia: Rebirth, será lançado em 20 de outubro e marca o retorno da série que foi tão importante para revolucionar o gênero de terror há dez anos, com Amnesia: The Dark Descent.

Mas antes da chegada do novo game, o START conversou um dos grandes nomes por trás da franquia Amnesia e do estúdio sueco Frictional Games, Thomas Grip, para saber o que fará de Rebirth um renascimento digno de sustos, como foi o game original.

No começo, tudo era trevas

No final da primeira década dos anos 2000, as grandes franquias, como Resident Evil e Silent Hill, tateavam na escuridão das incertezas de seus limbos pessoais.

Foi na produção indie, encabeçado por Amnesia: The Dark Descente, em 2010, que catapultaram de novo todo o gênero.

Amnesia The Dark Descent - Divulgação - Divulgação
Um bicho que atormentou muitos jogadores há dez anos
Imagem: Divulgação

Com foco no terror, insanidade e incapacidade de seu protagonista, Amnesia conseguiu um grande feito: resgatar a sensação de pavor ao se jogar.

O game também se beneficiou do início da cultura de streamers e youtubers, que abraçaram Amnesia e desbravaram aqueles domínios medievais, macabros e incertos, sempre na base de gritos altos.

Uma verdadeira cacofonia de horror que gerou muitas visualizações nos vídeos.

Agora, dez anos depois, a franquia Amnesia levanta da tumba para mais sustos, e renovados.

Igual, mas diferente

Amnesia: Rebirth - Divulgação/Frictional Games - Divulgação/Frictional Games
Amnesia: Rebirth é dez anos mais bonito, mas a mão levantada com a lanterna continua lá
Imagem: Divulgação/Frictional Games

Thomas Grip nos fala o quanto, com Rebirth, eles querem evocar as sensações do primeiro jogo para, a partir, daí, construir novas experiências de terror, algo que é muito importante para ele.

"Você não pode repetir a mesma fórmula várias vezes. Isso se torna sem graça, previsível"

Thomas Grip Amnesia Frictional Games - Divulgação/Frictional Games - Divulgação/Frictional Games
Imagem: Divulgação/Frictional Games

Queremos que Amnesia: Rebirth seja uma experiência revigorante, uma que tenha a mesma sintonia do jogo passado, mas com muitas surpresas para serem descobertas
Thomas Grip, Criador de Amnesia

Nesse novo Amnesia, estaremos na companhia de Tasi. Assim como Daniel em The Dark Descent, ela também se encontra confusa, perdida. Afinal, estamos falando de uma franquia chamada Amnesia.

Não por menos, seu avião acabou de cair no meio do deserto: "Grande parte de sua memória se foi. Tasi agora precisa encontrar o resto do time e descobrir o que aconteceu. Conforme ela aprende mais sobre sua situação atual e eventos passados, ela se vê numa luta desesperada por sobrevivência" conta Thomas, prestes a explorar o aspecto mais importante do gameplay da franquia.

Deturpando o jogo original

Amnesia: Rebirth avião - Divulgação - Divulgação
Novo game quer pegar conceitos do original para criar ele próprio sua nova fórmula para o medo
Imagem: Divulgação

Não fique muito tempo no escuro. Não encare diretamente nada perturbador. Mantenha distância, em especial da monstruosidade que perambula pelos corredores sombrios do castelo.

Quem resolveu embarcar na jornada de insanidade proposta por The Dark Descent, certamente fez de tudo isso seus mandamentos pessoais e Rebirth vai seguir seu próprio caminho de horrores pessoais.

Rebirth não é um jogo que procura replicar The Dark Descent. Ao invés disso, pega muitas mecânicas e ideias de seu antecessor e as modifica para contar um tipo diferente de história

Assim, Rebirth vai explorar os medos de Tasi, sua aflição particular que piora com o medo.

"Caso você falhe em certas coisas, como ao ficar por muito tempo no escuro ou ser pega por um monstro, essa doença se espalha. E isso tem implicações dentro da narrativa e a longo prazo, não somente para Tasi, mas também para as pessoas que ama"

"Esperamos que isso faça das falhas uma parte muito mais significativa do jogo.", revela o desenvolvedor.

Porcos pelo caminho

Nesse intervalo de dez anos entre os dois Amnesia feitos pela Frictional Games, existiu outro: Amnesia A Machine for Pigs, mas desenvolvido por outro estúdio, a The Chinese Room.

game terror A machine for pigs - Reprodução/YouTube - Reprodução/YouTube
A Machine for Pigs foi o segundo jogo da série, mas não foi desenvolvido pelo estúdio do game original
Imagem: Reprodução/YouTube

Até por isso, Rebirth tem muito mais ligação com o primeiro game e Thomas Grip fala o quanto A Machine for Pigs é muito mais um jogo fechado em si.

"A Machine for Pigs não explorou muito do universo que criamos no primeiro jogo. Foi mais inspirado por temáticas, construindo sua própria história".

Por um lado, isso foi positivo na hora em que a Frictional decidiu voltar ao mundo de Amnesia, já que havia muito ainda a ser explorado naquele mundo.

"Por exemplo, alguns documentos e diários mencionavam uma escavação na Argélia e como a expedição sumiu misteriosamente. Em Amnesia: Rebirth você pode explorar esses cenários para descobrir a verdade."

Tudo o que Thomas Grip só nos deixa com mais vontade de jogar Amnesia: Rebirth, que chega em para PS4 e PC no dia 20 de outubro, resgatando os horrores góticos de uma franquia tão importante e preocupada em impulsionar todo um gênero dentro dos videogames.

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