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LoL: Gabriela "Harumi" estreia no Circuitão e entra para a história

A Suporte da Rensga é a primeira pro-player escalada em evento oficial da Riot Games no Brasil - Arte/UOL
A Suporte da Rensga é a primeira pro-player escalada em evento oficial da Riot Games no Brasil Imagem: Arte/UOL

Siouxsie Rigueiras

Colaboração para o START

30/07/2020 04h00

Na última segunda-feira (27), o clima da rodada do Circuito Desafiante de League of Legends estava diferente. Na disputa entre Rensga Esports e Falkol eSports, a inesperada estreia de uma jogadora dominou as atenções. Era Gabriela "Harumi", suporte da Rensga, que recebeu elogios e incentivo da comunidade.

Ela se tornou a primeira jogadora a participar de um torneio oficial da Riot Games no Brasil. Nos chats e nas redes sociais, a hashtag #GOHARUMI cresceu durante a transmissão, e o apoio também veio de outros pro-players, como Gabriel "FalleN" Toledo, da MiBR.

A primeira de seu nome

Harumi Rensga - Reprodução/Rensga - Reprodução/Rensga
Escalação da Rensga com Harumi na posição titular de suporte
Imagem: Reprodução/Rensga

A Rensga já estava classificada para os playoffs, mas queria vencer para garantir o segundo lugar. Já a Falkol precisava ganhar para não depender dos resultados das partidas entre Team One eSports x Havan Liberty e Red Canids x Redemption eSports. No fim, o time de Harumi levou a melhor, batendo a Falkol e garantindo vaga nas semifinais.

Diferentemente de outras organizações, a Rensga não investiu em comunicação ou propagandas para anunciar a estreia de Harumi. A INTZ, por exemplo, foi processada pela pro-player Júlia "Mayumi" Nakamura sob acusações de assédio moral e "esvaziamento" do papel dela na equipe —ela nunca disputou um torneio oficial (aqueles realizados pela Riot Games), apesar de ter passado mais de um ano na organização.

Twitch React Harumi - Reprodução/Google - Reprodução/Google
Imagem: Reprodução/Google

Antes mesmo de a partida começar, mensagens de incentivo a Harumi estavam rolando nas redes sociais. Personalidades do cenário como FalleN, Marina Leite (CEO da PRG) e Rafaela Tomasi (repórter e apresentadora da Riot Games) mandaram suas mensagens de apoio.

FalleN, "O Verdadeiro", parabenizou a jogadora:

A CEO da Prodigy Esports, Marina Leite, também mandou energias positivas.

A hashtag subiu!

A Lahgolas, streamer do WakandaStremers, ficou na torcida:

A repórter e apresentadora do CBLoL Rafaela Tomasi mandou até uma dancinha à la Rensga:

A família Rito Gomes tá como?


Mesmo com o resultado não muito bom da Falkol, Mewkyo, jungler do Santos FC, curtiu a iniciativa do Clube:

"A primeira de seu nome"

A pro-player foi pra galera!

Após o término da partida, a Rensga postou um vídeo em seu Twitter com o treinador Pedro "Gafone" Ramos falando sobre o game de forma estratégica e, Harumi foi convidada a comentar sua estreia com direito a aplausos de seus companheiros de equipe. Parece que, desta vez, temos uma jogadora que realmente poderá seguir uma carreira nas divisões principais de LoL.

Segundo o Google Trends, as buscas pelo nome da jogadora superaram até mesmo buscas pelo time dela.

O Circuito Desafiante volta no dia 10 de agosto com as semifinais. A Rensga, time de Harumi, joga no dia 11 contra a Team One por uma vaga na final.

Semifinal 1 - Segunda-feira, 10/08
18h - RED Kalunga x Havan Liberty

Semifinal 2 - Terça-feira, 11/08
18h - Rensga Esports x Team oNe

Grande Final - Sábado, 15/08
13h - Vencedor Semifinal 1 x Vencedor Semifinal 2

Antes da chegada de Harumi

Mayumi -  -
Mayumi chegou a ser inscrita no CBLoL pela INTZ, mas acabou saindo do time e processando a organização

O competitivo brasileiro não tem um grande histórico de times mistos mesmo sem existir barreiras de inscrição por parte da Riot Games. Apenas em 2017 que a comunidade teve a primeira partida com time misto em solos brasileiros. A CNB eSports Club apresentou sua equipe de base para jogar o campeonato com Julia "Cute" Akemi como suporte em uma das partidas finais da SuperLiga de League of Legends.

Mesmo com o elo mais alto do time e contando com um KDA positivo, a profissional recebeu hate a maior parte do tempo, refletindo, mais uma vez o comportamento tóxico da comunidade de LoL.

Cute - Divulgação/CNB - Divulgação/CNB
No Brasil, Cute foi a primeira pro player a participar de uma partida
Imagem: Divulgação/CNB

Fora do Brasil, temos o caso da Vaevictis eSports na LCL (Liga Continental de League of Legends), o primeiro time feminino a participar oficialmente de uma partida. Em fevereiro de 2019, o hate começou com os pro players da equipe inimiga.

Por conta de ser uma equipe apenas de mulheres, os jogadores baniram apenas campeões na posição de suporte para provocar a line-up da Vaevictis. As mulheres sofreram uma derrota, o que aumentou ainda mais os ânimos machistas e tóxicos na comunidade no chat da transmissão.

Vaevictis - Reprodução/Vaevictis eSports - Reprodução/Vaevictis eSports
Na LCL, a primeira equipe feminina teve apenas suportes banidos
Imagem: Reprodução/Vaevictis eSports

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