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Nos 10 anos de LoL: momentos marcantes do cenário competitivo no Brasil

Final do CBLoL no Allianz Parque, em 2015 - Ricardo D"angelo/Riot Games
Final do CBLoL no Allianz Parque, em 2015 Imagem: Ricardo D'angelo/Riot Games

Siouxsie Rigueiras

Colaboração ao START

20/10/2019 04h00

"League of Legends" completa 10 anos de existência em outubro de 2019 com muitas novidades sendo anunciadas pela Riot Games, desde jogos de cartas até versão mobile. Mas aqui vamos olhar para o passado.

O START selecionou 10 dos melhores momentos do cenário competitivo no Brasil. Eles ajudam a lembrar por que o game é um dos mais jogados no mundo atualmente, e entender como o Lolzinho construiu uma base de fãs de eSports tão assídua nessa década de existência.

2012: A chegada ao Brasil

LoL Bonecos - Divulgação - Divulgação
Antes mesmo de existir o servidor local, os brasileiros já jogavam LoL no servidor americano
Imagem: Divulgação

Lançado oficialmente em 27 de outubro de 2009, LoL só teve o próprio servidor brasileiro após três anos, em 10 de agosto de 2012. Claro que, antes disso, o game já tinha fãs brasileiros jogando no servidor norte-americano e, mesmo com ping alto, batalhavam nos campos de justiça até a destruição do nexus inimigo.

Muitos não sabiam, mas era o início de uma era de ouro para os apaixonados por jogos eletrônicos. Eram os primeiros passos de um cenário de que explodiria nos anos seguintes.

BGS 2012: A primeira final de LoL

LoL BGS 2012 - Reprodução - Reprodução
Com manajj, Alocs, Mylon, Rafes e Hao, a vTi LG Ignis foi campeã do primeiro campeonato de LoL no Brasil
Imagem: Reprodução

O primeiro campeonato brasileiro aconteceu no mesmo ano em que o game chegou oficialmente no Brasil, em 2012. Com formato MD3 (melhor de três partidas), o torneio teve disputas entre 8 equipes: vTi LG Ignis, vTi LG Nox, paiN Gaming, Insight eSports, VerdicT Gaming, CNB e-Sports Club, Influxo Gaming e RMA e-Sports. A final presencial aconteceu na Brasil Game Show (BGS) de 2012, congestionando os corredores do evento.

O patch da época (1.67) impedia que Rengar, Syndra e Kha'Zix fossem campeões jogáveis. Com uma torcida empolgada, a Ignis levou US$ 25 mil para casa jogando de Rumble, Maokai, Morgana e, na bot lane, Graves e Sona. Sim, um Graves ADC e uma Sona foram campeões em 2012.

2013-2014: Os primeiros passos internacionais

Takeshi Titulo - Divulgação/Agência X5 - Divulgação/Agência X5
No Desafio Internacional, em 2013, a CNB, de Takeshi, venceu a paiN na final
Imagem: Divulgação/Agência X5

Em 2013, a paiN Gaming foi campeã brasileira contra a CNB e teve a chance de disputar vaga para o Mundial. No International Wildcard o time começou bem na fase de grupos, mas perdeu a partida decisiva para os europeus da GamingGear.eu, que acabaram indo para o Mundial.

Ainda em 2013, uma competição internacional em solo brasileiro. Era o Desafio Internacional, durante a BGS 2013, que contou com a participação das equipes latino-americanas Dash9 Gaming (Colômbia), Team ANG (Peru), Renegades of Hell (Chile) e Isurus Gaming (Argentina). Quem levou a melhor foram os brasileiros da CNB, do capitão Takeshi, que bateram a paiN Gaming na final. Na época, Kassadin, Caitlyn, Fiddlesticks e o combo de Rumble e Jarvan foram responsáveis por derrubar o nexus inimigo e garantir o título do campeonato.

Em 2014, a KaBuM brilhou no Maracanãzinho e foi campeã brasileira. O time foi para o International Wildcard e, ao vencer a equipe latino-americana Pineapple Express, garantiu a primeira participação brasileira em um Mundial. Na fase de grupos, o time brasileiro teve 5 derrotas, mas entrou para a história com uma vitória fantástica contra os europeus da Alliance. O jogador da rota do meio TinOwns, inclusive, foi lembrado com uma jogada incrível, que mostrou a qualidade do time brasileiro.

2014: Chegam os Coreanos

Coreanos LoL - Reprodução - Reprodução
A Keyd transformou o competitivo brasileiro contratando pro players coreanos
Imagem: Reprodução

O ano de 2014 foi muito importante para o competitivo brasileiro de LoL por conta de contratações de pro-players estrangeiros. Além de serem uma grande promessa no cenário, eles seriam responsáveis por aumentar o nível de competição do torneio regional.

A Keyd Stars (atual Vivo Keyd) trouxe os coreanos Park "Winged" Tae-jin e Na "Suno" Sun-ho para o Brasil, enquanto a paiN contratou os asiáticos Han "Lactea" Gi-hyeon e Kim "Olleh" Joo-sung. A comunidade recebeu os estrangeiros com muita paixão, e os fãs ficaram tristes quando os contratos foram finalizados.

Nos últimos anos, a presença de estrangeiros no CBLoL aumentou consideravelmente. Os primeiros coreanos a conquistarem o título nacional, porém, foram Shrimp e Luci, pelo Flamengo em 2019.

2014: Um Maracanãzinho de LoL

LoL Final Maracazinho - Divulgação - Divulgação
O ano de 2014 marcou a ascensão dos campeonatos de League of Legends, levando a competição a outro patamar
Imagem: Divulgação

O eSport crescia cada vez mais no Brasil, aos poucos se transformando em um cenário mais profissionalizado. O que para muitos havia começado como um hobby já havia se transformado: os torneios presenciais já passavam a ocupar grandes ginásios.

Em julho de 2014, o Campeonato Brasileiro teve final entre KaBuM e CNB no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, com a presença de mais de 8.000 fãs. Na época em que Lulu e Gragas eram utilizados na top lane, a KaBuM tinha Minerva na posição de atirador. Com um Quadra Kill no quarto jogo da série melhor de cinco (MD5), a KaBuM garantia não apenas o título do CBLoL, mas também sua participação no IWC.

2015: A final em um estádio de futebol

Contando com cerca de 12 mil torcedores, o estádio do Allianz Parque trocou o futebol por League of Legends. Com diversas apresentações de abertura, incluindo o show da banda Pentakill, as partidas decisivas entre INTZ e paiN Gaming integraram a primeira grande final presencial do "League of Legends" Brasileiro.

A final foi equilibrada, com uma Rek'Sai na jungle e um Shen no top feedados. A paiN foi conquistando aos poucos o mapa com uma Lulu mid e uma bot lane de Braum e Twitch. Enquanto a INTZ derrubava a base inimiga, o Shen de Matheus "Mylon" Borges tinha três itens de defesa e totalmente sem dano, derrubou o Nexus inimigo com um teleporte na base aos 42 minutos de jogo, garantindo o título para a paiN gaming.

2016: O IWCQ em Curitiba

Mostrando sua importância para as outras regiões competitivas do "League of Legends", o Brasil sediou um torneio do circuito internacional, que daria vaga para o Mundial. Era o International Wildcard Qualifier 2016.

A cidade de Curitiba recebeu uma equipe de cada região: Albux NoX Luna (Rússia), Dark Passage (Turquia), Kaos Latin Gamers (América Latina do Sul), Lyon Gaming (América Latina do Norte), Rampage Japan (Japão), Saigon Jockers (Sudeste Asiático), The Chiefs (Oceania) e a INTZ e-Sports, representou a região brasileira no torneio. Eram duas vagas em jogo, e a INTZ conseguiu uma delas, vencendo a Dark Passage em um emocionante 3 a 2.

IWCQ Curitiba LoL - Riot Games/Divulgação - Riot Games/Divulgação
Na Ópera de Arame, INTZ conquistou pela primeira vez uma vaga no Mundial
Imagem: Riot Games/Divulgação

2015-2019: Times de futebol com equipes no LoL

Flamengo LoL - Reprodução - Reprodução
Time do Flamengo é o atual campeão brasileiro de LoL
Imagem: Reprodução

Com o crescimento do cenário, que agora tinha cobertura em mídias tradicionais, o mercado começou a ver as competições eletrônicas com outros olhos. A partir disso, equipes de futebol começaram a investir em times de LoL.

O Santos teve uma equipe de 2015 a 2018, a Santos Dexterity. Porém, o clube resolveu ter sua própria organização, retornando ao cenário cerca de um mês após finalizar a parceria, anunciando uma line-up que disputaria vaga no Circuito Desafiante.

Em 2016, o clube de regatas Remo Brave criou um time e foi responsável por revelar talentos como Rafael "Rakin" Knittel. Já o Corinthians preferiu não montar um time do zero e fechou parceria com a RED Canids, que durou cerca de uma etapa.

Em 2018, o Flamengo eSports entrou com tudo no competitivo de "League of Legends" e com a presença inicial de Felipe "brTT" Gonçalves, Thúlio "SirT" Carlos, Danniel "Evrot" Franco, Park "Jisu" Jin-cheol e Eidi "esA" Yanagimachi demorou quase um ano para vencer seu primeiro título brasileiro na Segunda Etapa de 2019.

2018: O Circuitão em alta

Circuitao - Divulgação - Divulgação
Transmissões do Circuitão de LoL são cheias de irreverência
Imagem: Divulgação

Em meados de 2018, o Circuito Desafiante deixou de ser apenas um a porta de entrada para o CBLoL e começou a brilhar durante suas transmissões por conta não somente da irreverência dos casters Brunno "Colosimus" Colosimo, Diniz "Gruntar" Albieri e Camila "Camilota" Silveira, mas também por conta de equipes tradicionais do cenário terem sido rebaixadas, como KaBuM e paiN Gaming.

Com um nível de transmissão que também evoluía, o "Circuitão" atraiu a torcida dos "grandes rebaixados", e foi se estabelecendo como um torneio digno de atenção também.

2018-2019: Exportando talentos

Jukes C9 - Reprodução - Reprodução
Jukes foi contratado em uma equipe norte-americana
Imagem: Reprodução

Entre 2018 e 2019, o Brasil novamente mostrou sua cara para outras regiões do jogo. No fim de 2018, o pro-player Rakin foi contratado pelos norte-americanos da Team Liquid. Em 2019, o streamer Flávio "Jukes" Fernandes assinou contrato como jogador profissional da norte-americana Cloud9.

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