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START na BGS: Testamos Project Resistance, próximo jogo de Resident Evil

Em Project Resistance um jogador é o vilão, os outros quatro são sobreviventes em fuga - Reprodução
Em Project Resistance um jogador é o vilão, os outros quatro são sobreviventes em fuga Imagem: Reprodução

Giovanna Breve e Makson Lima

Colaboração para o START

13/10/2019 10h00

Após o sucesso de Resident Evil Remake 2, a Capcom se arrisca para lançar mais um jogo da franquia com Resident Evil: Project Resistance. O jogo foi revelado durante a Tóquio Game Show (TGS) pelos poucos detalhes revelados na época, apenas alguns influenciadores da área de games puderam jogar antes da divulgação do trailer.

Project Resistance é um multiplayer com até cinco jogadores, composto por quatro sobreviventes que devem matar zumbis, cachorros, lickers e até um Mr. X enquanto precisam resolver puzzles para sair para a próxima sala. A formação de habilidades e poderes das personagens é inspirada em classes de RPG como tanque, suporte, meelee (quem luta corpo a corpo), com o diferencial da hacker.

Enquanto isso, o outro jogador será o Mastermind, o vilão que vai dificultar os sobreviventes colocando obstáculos até que consiga eliminar todos, ou até o tempo acabar.

Vale ressaltar que "Project Resistance" encontra-se em período de testes e com um nome provisório. O jogo vai estar disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC e não tem data para lançamento. A demo do jogo está disponível no estande da WB Games durante a Brasil Game Show (BGS). O START UOL convocou Makson Lima e Giovanna Breve para experimentarem o game.

Makson Lima como Mastermind

Depois da enorme frustração que foi o beta fechado de "Project Resistance" (via Xbox Insider, em que consegui jogar pouquíssimas partidas durante todo o final de semana), precisava experimentar mais do jogo, e a BGS 2019 foi o lugar ideal para isso. Ainda mais como vilão, um papel tão disputado durante esses períodos de teste.

Assim como outros jogos focados em multiplayer assimétrico, temos aqui duas partidas totalmente distintas: como um dos quatro sobreviventes e como Daniel Fabro, subalterno de ninguém menos que Ozwell Spencer, um dos fundadores da Umbrella (informação que o jogador pode obter lendo os arquivos na tela de loading).

Project Resistance combate - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Seu objetivo como Mastermind é simples: aniquilar as cobaias capturadas em seu experimento cruel e doentio, e gastar suas interjeições em francês no processo. Para isso, controlei zumbis, armei armadilhas e até invoquei o todo-poderoso Mr. X.

Antes de começar a partida, pude escolher a disposição das câmeras de segurança espalhadas pelos aposentos do playground sádico do vilão. Além disso, também é possível personalizar algumas de suas habilidades, no entanto, não tive muito tempo e a partida logo começou. E está uma bagunça: a interface é poluída, é difícil, a princípio, entender o que fazer e como as coisas funcionam, e os gráficos são muito inconsistentes, mesmo rodando na RE Engine. Temos aqui um projeto da Capcom Japão e de uma outra equipe, encabeçada pelo veterano na franquia, Masachika Kawata.

A luta dos sobreviventes em "Project Resistance" é contra o relógio, e cada mordida de zumbi, armadilha ativada ou tiro de metralhadora bem dado significam menos tempo. Como vilão, de câmera em câmera, com tempo de resfriamento entre os usos das habilidades (que custam mais ou menos, dependendo de seu poder ou eficiência), precisei criar obstáculos para o avanço dos outros jogadores. Controlei zumbis desconjuntados, implantei armadilhas e posicionei lickers e cerberus. Foi divertido, apesar de um tanto confuso. E aí pude controlar Mr. X.

PR Mr X - Divulgação - Divulgação
De quantas balas você precisa para derrubar o Mr X?
Imagem: Divulgação

O Tyrant de sobretudo e chapéu segue com popularidade em alta. Nada mais natural que a Capcom dê a ele a devida importância e destaque. Ao contrário dos zumbis, por exemplo, que pude ou não controlá-los manualmente, Mr. X é de controle obrigatório, e tem em seu repertório todos os golpes que só quem jogou muito Resident Evil 2 bem sabe. Entre eles, o meu preferido: aniquilação. A carnificina está presente, mesmo que um tanto atenuada. Não entendi muito bem quando e por quanto tempo tive acesso a Mr. X, mas foi no momento que os sobreviventes ingressaram na segunda área (de três para o término), que a opção se fez presente. Talvez seja isso?

"Project Resistance" está inacabado e ainda é preciso muito esmero e atenção para se tornar algo verdadeiramente válido, pronto a competir com outros jogos muito populares dentro do subgênero. Pelo que soube, até então, nenhum grupo de sobreviventes havia chegado até o fim. Ou seja, jogar como vilão parece o lado mais divertido de "Project Resistance".

Giovanna Breve como sobrevivente

Já adianto que se você jogou recentemente o Remake do 2 ou começou a se interessar pela franquia, pode sentir uma "quebra" com esse novo game da Capcom. Se antes você deveria ter cuidado por onde pisa e economizar na bala, em Project Resistance é o contrário: é ação frenética, com bala para todos os lados.

Dentre os sobrevivente escolhi Samuel Jordan, um boxeador que, como ele mesmo diz, "gosta de resolver as coisas com as próprias mãos". Suas habilidades são focadas no combate corpo a corpo com tacos de madeira e socos.

Se o Makson como Mastermind sentiu-se confuso com a interface e jogabilidade, imagina estar em um grupo. Mesmo com outros três jogadores, não sabia o que fazer nas salas, é muita informação: itens espalhados, zumbis, lickers e cachorros ressurgindo de repente, desafios que precisam ser resolvidos em tempo limitado, e ainda uma caixa que fica no começo das rooms para comprar armas, munições e ervas. Esses obstáculos, que deveriam ser instigantes, acabam deixando os jogadores perdidos durante o gameplay.

Project Resistance - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Outro problema que senti foi a falta de comunicação do time. Apesar das habilidades de cada um serem diferentes para se complementarem, senti total falta de interação ou puzzles que auxiliassem nesse aspecto. Sem contar que as personagens em si não das mais cativantes (e sem direito a piada ruim como o clássico "Jill sanduíche").

Como uma pessoa que gosta de games co-op e multiplayer, e comando a isso o universo de Resident Evil, do qual sou fã, acho que é um jogo com potencial. Mas precisaria ser lapidado em questões de história e jogabilidade.

Foi divulgado que Project Resistance também vai ter uma campanha offline focada na narrativa, mas por se tratar de uma demo ainda com nome provisório, precisamos acompanhar os próximos capítulo para saber sobre a fuga (ou execução) dos quatro sobreviventes.

START na BGS 2019

Confira os pro-players e streamers que estarão no estande do START:

Brasil Game Show 2019

Quando: 10 a 13 de outubro (dia 9 exclusivo para imprensa)
Onde: Expo Center Norte - Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme, São Paulo - SP
Ingressos: opções de pacotes disponíveis no site oficial

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