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Jogador pode pegar 20 anos por trote que resultou em morte de inocente

Call of Duty: WWII - Reprodução
Call of Duty: WWII Imagem: Reprodução

14/11/2018 12h06

Em janeiro a polícia dos Estados Unidos acabou matando um homem inocente, após receber uma ligação que denunciava um homicídio e sequestro de reféns, em um caso de "swatting" - quando uma ligação falsa é feita para a polícia com o intuito de atrapalhar um jogador em uma partida multiplayer, neste caso durante uma partida de "Call of Duty: WWII".

O homem que fez a ligação, Tyler Barriss, que está preso e agora está prestes a enfrentar uma forte punição pelo trote que acabou custando a vida de Andrew Finch, de 28 anos. Barriss se confessou culpado de 51 acusações como parte de um acordo, incluindo a ligação falsa que resultou em morte, além de ameaças de bomba a vários estados dos Estados Unidos e Canadá.

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A condenação ocorrerá em 30 de janeiro e Barris pode pegar ao menos 20 anos de prisão, se o juiz aprovar os termos do acordo. Os suspeitos co-conspiradores Casey Viner e Shane Gaskill se declararam inocentes e enfrentarão um julgamento no dia 8 de janeiro.

O incidente aconteceu em dezembro de 2017, quando Barriss fez uma chamada falsa à polícia após uma acalorada discussão em "Call of Duty: WWII" entre Gaskill e Viner. Foi quando Barriss e Viner decidiram aplicar um trote em Gaskill, que havia dado um endereço antigo.

A força tática SWAT foi até o local, bateu na porta e quando Andrew Finch abriu, foi baleado e morto por um policial. Finch não era um jogador conhecido e não tinha nada a ver com o jogo "Call of Duty".

Com a repercussão da morte, Barris chegou a comentar no Twitter: "A casa do moleque que eu 'swattei' no noticiário" e "Eu não matei ninguém, porque não uso uma arma e não sou um oficial da SWAT". A conta dele foi suspensa pelo Twitter.

O FBI estima que pelo menos 400 casos de "swatting" ocorrem anualmente, mas nem sempre com consequências tão sérias quanto a morte de Andrew Finch.