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Afinal, por que "Dragon Ball Super" não tem sangue?

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Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

21/11/2017 04h00

Já faz mais de dois anos que "Dragon Ball Super" é transmitido e uma dúvida assola os fãs mais antigos do anime: afinal por que não há uma gota sequer de sangue no anime? Não há uma resposta exata para isso, mas é possível especular que a ausência de sangue seja o resultado da mistura de horário de exibição no Japão, idade da audiência e risco de censura no mercado internacional. 

Antes de mais nada, é preciso ponderar que as séries que antecederam "Super" na cronologia de "Dragon Ball" não foram extremamente violentas. Há algumas passagens mais célebres nesse sentido, como quando Piccolo abre um buraco em Goku e Raditz nos primeiros episódios de "Dragon Ball Z", durante a luta de Goku e Freeza em Namkusei, quando Yamcha é perfurado pela versão androide do Dr. Gero ou quando Majin Boo explode a cabeça de Babidi no final desse anime, mas são momentos pontuais.

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Ainda assim, era comum ver cenas nas quais os personagens apresentavam machucados ou arranhões e isso dava um tom extra de dramaticidade aos combates.

Nada disso, porém, ocorre em "Dragon Ball Super". E, se na maioria dos casos não é algo determinante - há exceções a essa regra, com quando Goku é perfurado pela espada de ki de Black, mas não derrama sangue algum -, alguns fãs das antigas ainda buscam uma explicação plausível para essa suposta "falha" no anime.

Sem explicação oficial

A questão é ainda mais nebulosa se considerarmos que não há uma explicação oficial da parte da Toei sobre a ausência de sangue. Ainda assim, é possível especular sobre os motivos.

Cell mata Trunks em Dragon Ball Z - Reprodução - Reprodução
Cenas como essa, de "Dragon Ball Z", deverão passar longe de serem reproduzidas em "Dragon Ball Super"
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Um deles diz respeito ao fato de "Dragon Ball Super" ser transmitido nas manhãs de domingo no Japão. Por mais que seja um horário similar ao de "One Piece" (uma série, por exemplo, que não baniu o sangue de suas cenas), o público de "Super" é composto em sua maioria por crianças - apesar de ter audiência similar, "Dragon Ball Z" foi transmitido originalmente nas noites de quarta-feira no Japão.

O aspecto mais importante, porém, diz respeito à criação do anime em si. Ao contrário de seus antecessores, "Super" foi feito para ser um anime internacional, e não uma série japonesa que, eventualmente, poderia chegar a outros mercados.

Isso acabou gerando uma espécie de auto-censura: colocar cenas com sangue ou com violência gráfica extrema significaria que o anime sofreria cortes em alguns mercados - ou, ainda, passaria por uma situação ridícula como a de "Terra Formars" e suas tarjas escuras.

Remover o sangue, portanto, seria uma maneira de evitar edições que pudessem atrapalhar a narrativa do anime - quando "Dragon Ball Z" foi transmitido na Globo pelas manhãs, algumas cenas do anime acabaram sendo removidas e deixaram alguns espectadores um tanto perdidos sobre o que, de fato, teria ocorrido.

Com ou sem sangue, "Dragon Ball Super" segue, firme e forte, sendo transmitido no Brasil nas noites de sábado por meio do Crunchyroll.