Capcom fez lutadora de "Street Fighter V" menos sensual pra "não incomodar"

No foco de discussão sobre feminismo nos games e a forma como heroínas aparecem nestes, "Street Fighter V" chegou a ser criticado por duas personagens vistas como extremamente sexualizadas - incluindo a brasileira Laura.
Em entrevista a UOL Jogos, o produtor da série de games de luta Yoshinori Ono garantiu que a Capcom quer apagar essa noção para que seu jogo não incomode o público feminino.
"Nosso objetivo com 'Street Fighter V' é recomeçar a marca do zero", explica Ono. "Queremos que os jogadores profissionais e os fãs casuais da série voltem, mas também queremos alcançar aqueles que nunca sequer tocaram em um jogo de luta. Então não podemos ter no game algo que façam as pessoas pensarem, 'Isso não é aceitável'".
Originalmente, a lutadora Rainbow Mika dava um tapa em seu próprio bumbum durante uma sequência de ataque, mas a ação foi removida. Isto levou alguns fãs a questionarem se algum tipo de 'censura' teria ocorrido.
"Não fizemos nenhuma mudança por influências externas", assegura Ono. "Essas mudanças surgiram internamente. Decidimos remover aquilo porque queremos que o maior número possível de pessoas joguem, e não queremos ter no game algo que possa deixar alguém desconfortável".
O objetivo, segundo o produtor, é ter personagens dos quais as pessoas gostem, e não que as afastem do jogo. "Provavelmente não conseguiremos remover tudo o que poderia ofender alguém. Mas nossa meta é, ao menos, reduzir esse número ao máximo para que pensem 'Ok, tem essa questão aqui, mas está dentro dos limites'. Queremos que todos possam jogar e aproveitar sem se preocupar com mais nada", diz.
"Street Fighter V" será lançado para PlayStation 4 e PC no dia 16 de fevereiro de 2016.
* O jornalista viajou à convite da Sony
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