Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Com 4Dreams, Gustavo Mioto e Dani Alves ajudam a furar a bolha dos games
Todos os dias, os esportes eletrônicos quebram novas barreiras e transcendem a "bolha" dos games. Um projeto anunciado nesta semana pelo cantor Gustavo Mioto, com participação do jogador de futebol Daniel Alves, mostra que o interesse no cenário competitivo é cada vez maior - e independe da área de atuação. A dupla lançou a 4Dreams, mais nova equipe feminina de Rainbow Six Siege.
Com a line formada pelas atletas Caroline Rubin, Gabriela Scheffer, LaraCristina, Larissa Pimenta e Fernanda Marçal, a organização nasce sob a tutela de Mioto, um fã declarado de R6 (ele até organizou watch parties durante o Six Invitational, torneio mundial do game realizado este mês).
Além de Dani Alves, participam também do projeto o empresário Fransérgio Bastos e o jogador profissional Paulo "psk". Um grupo curiosamente balanceado entre diversas áreas - e com um objetivo bem traçado.
"O mercado tem uma soberania masculina, assim como em muitas áreas, e nós da 4Dreams queremos mudar isso, ou pelo menos fortalecer esse movimento de mudança", afirma Mioto.
"Temos muitas meninas que são muito boas no jogo e só precisam de oportunidade e visibilidade. Eu, como um amante dos eSports, fiz muitos amigos no meio e senti falta desse espaço para mulheres", continua. "Eu e meus parceiros estamos investindo para dar todo o suporte de treino e competição, abrindo caminhos e se tornando referência para outras mulheres que investem tempo e dinheiro, mas muitas vezes não recebem apoio."
Daniel Alves já transita no esporte eletrônico desde 2020, quando fundou a Good Crazy, sua própria organização, sediada na Espanha, distribuídas pelas modalidades FIFA, League of Legends, Clash Royale e F1.
É interessante observar que o jogador esteja disposto a não só expandir sua atuação, como a apoiar uma equipe feminina no Rainbow Six. É um respaldo que fomenta a legitimidade - e também aguça a curiosidade do mercado como um todo.
Em seu anúncio oficial, a organização diz que "os sócios da 4Dreams acreditam que esse é um cenário que ainda vai crescer muito, gerando novos empregos, novas oportunidades e realizando sonhos de jovens, que passaram a fazer do hobby uma profissão".
De fato, é o que vemos cada vez mais no esporte eletrônico: pessoas se descobrindo em novas funções pelas quais são apaixonadas - e que ainda não enxergavam como um "ganha-pão".
Ao longo dos últimos anos, o cenário brasileiro tem se mobilizado em torno do que deveria ser o mínimo: dar às mulheres condições de competir e se engrandecer nos eSports. Tivemos o Brasileirão Feminino de Rainbow Six; o programa Game Changers, protagonizado pela Riot Games no VALORANT; o anúncio da line da Team Liquid, multicampeã pela Gamelanders.
É fato que poderíamos estar em um estágio muito mais avançado, mas cada novo passo deve ser comemorado. Furar a bolha, como a 4Dreams stá fazendo, é um sinal positivo para diversas outras frentes que, muitas vezes, precisam, sim, de fatores múltiplos de legitimação. Desejo sucesso máximo à ideia - e que venham tantas outras nessa linha.
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