Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Post machista do Flamengo gera polêmica e mostra falhas no eSport
Nesta semana, a apresentação de Caroline "cacau", nova influenciadora do Flamengo Esports, se transformou em um pesadelo para o clube. Na produção, um personagem observa, escondido, com um binóculo, a profissional em uma situação privada, em um cômodo. O mesmo liga para o seu "chefe", passa informações e manda uma foto, à qual vem a resposta: "Sem perder a doçura". Um conceito inacreditável, que, obviamente, foi alvo de repúdio de diversas mulheres do cenário.
A situação, por si só, já era desastrosa, mas piorou. O Flamengo se retratou em um comunicado repleto de erros de português, dizendo que "o vídeo foi aprovado pela influenciadora" e que "alguns torcedores repercutiram e interpretaram de forma negativa". Ou seja: a culpa seria do receptor, e não do emissor do conteúdo. E aí entra uma questão importante: como, à parte de qualquer resultado esportivo, uma equipe de comunicação pode manchar a imagem de uma instituição.
É necessário entender um ponto: a divisão de esporte eletrônico do Flamengo é gerenciada pela Simplicity, uma organização norte-americana. Ainda assim, o que está em jogo ali é o nome do clube. Afinal, a ação em questão trata das boas-vindas a uma influenciadora do Rubro-Negro, e não da empresa que detém o licenciamento. Um bom exemplo disso foi o jogador Filipe "Ranger", que fez uma brincadeira envolvendo o nome de Zico e, ainda que desconhecido de boa parte da torcida do Flamengo que não é fã de eSports, virou alvo de críticas instantaneamente.
A imagem de um clube não passa somente pelos troféus que ele conquista, mas pelos valores que ele reproduz no seu dia a dia. Recentemente, quem também se envolveu em polêmica foi a INTZ, organização que é a maior campeã da história do CBLOL. Um post provocativo à LOUD, com uma imagem de cunho machista, ganhou grande repercussão nas redes sociais e certamente continuará sendo associado ao que representa a equipe em cada mínimo deslize.
O espaço das redes sociais como um palco para manifestações, especialmente em tempos de isolamento, ampliou a atenção (e a correta indignação) do público sobre conteúdo questionável. Não há espaço para postagens que, de qualquer forma, sejam ofensivos ou preconceituosos. Trata-se de uma consequência necessária para que se entenda o quão importante é a comunicação e o quão rigorosa deve ser a seleção das organizações ao montar seus respectivos departamentos.
Por isso, é tão importante valorizar diversidade, capacitação e desenvolvimento de todos os setores dentro de uma equipe. Trata-se de um sistema com diversas engrenagens encaixadas - e, se uma não funcionar como se espera, os efeitos podem ser permanentes para todos os lados. Os eSports devem lutar em todas as suas frentes para derrubar barreiras e preconceitos que estão imputados há muitos anos em modalidades tradicionais.
SIGA O START NAS REDES SOCIAIS
Twitter: https://twitter.com/start_uol
Instagram: https://www.instagram.com/start_uol/
Facebook: https://www.facebook.com/startuol/
TikTok: https://www.tiktok.com/@start_uol?
Twitch: https://www.twitch.tv/startuol
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.