Xadrez nos eSports une passado e futuro e quebra místicas
Lançada em outubro do ano passado, a série "O gambito da rainha" se tornou uma dos maiores sucessos da história do Netflix. O enredo trata de uma garota-prodígio no xadrez, vivendo em um orfanato, enfrentando traumas e tendo sua vida contada por meio do esporte tão conhecido por seus aspectos estratégicos e táticos. Calma, você não entrou em um blog sobre cinema ou TV... O xadrez também está ganhando espaço no público dos esportes eletrônicos, com streamers e pro players de outros games se interessando pelo assunto.
O primeiro grande passo, que impactou o cenário de eSports em geral, foi dado pela americana Team SoloMid, a TSM, com a contratação do pentacampeão norte-americano Hikaru Nakamura, em agosto de 2020. Considerado um dos melhores do mundo, ele se juntou à organização aos 32 anos - uma idade bem pouco usual para jogadores de modalidades eletrônicas em geral, mas normal para o xadrez.
A possibilidade de jogar online sem grandes limitações, transmitindo em qualquer plataforma e ensinando aos espectadores novas movimentações e ideias diferenciadas para o tabuleiro, torna o xadrez um atrativo interessante e democrático. Junta faixas etárias totalmente distintas sem qualquer injustiça no que diz respeito à jogabilidade e une o físico e o eletrônico de maneira a não ficar atrasado ou parado no tempo.No Brasil, a FURIA também deu um passo semelhante ao da TSM ao anunciar a contratação de Krikor Mekhitarian, de 34 anos, bicampeão brasileiro de xadrez. Vale lembrar que, no caso desta organização, um dos sócios é André Akkari - mundialmente famoso como jogador de pôquer, atração que também pode ser encontrada e apreciada tanto em formato físico, quanto online, contando com um circuito competitivo bastante vasto.
Desde as épocas áureas de Garry Kasparov, o xadrez sempre contou com um carinho especial daqueles interessados em jogos que demandam pensamentos mais elaborados. Em tempos atuais, ambientado na internet, há sites especializados, campeonatos com premiações milionárias, cursos e toda a estrutura para quem quer se aventurar de forma lúdica. Há narradores, comentaristas e especialistas, tal qual todos os esports.Para o cenário como um todo, a movimentação é para lá de interessante. O primeiro grande efeito é a quebra de paradigmas e preconceitos muitas vezes enraizados em algumas camadas, de que os games são uma perda de tempo ou que não ajudam em nada seus praticantes. Para os mais rígidos, o xadrez vira uma alternativa considerada inteligente e desenvolvida, além de não demandar um aporte financeiro considerável em estrutura.
Assim como fizeram os card games, como Magic: The Gathering, todo jogo físico que tiver a possibilidade de se transportar para o digital tem pela frente um ambiente repleto de ferramentas e esforços para atingir novos públicos. Obviamente, sempre haverá os mais tradicionais, outros mais modernos, mas, no fim das contas, o que realmente importa - casual e competitivamente - é: todos jogando e se divertindo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.