Wii Fit
No melhor esquema "bate-e-assopra", em seguida "Wii Fit" disse o que em linhas gerais pode ser resumido como "nada está perdido" e "tudo pode melhorar", perguntou quanto peso queria perder e em quanto tempo. Finalmente, com base nestes dados, forneceu um programa de treinamento para que eu chegue lá.
Cerca de meia hora depois, após uma sessão desgastante de exercícios de aeróbica, equilíbrio, yoga e tonificação, andei (de meias) até a minha mesa pensando: "que saudades do tempo em que videogame era coisa de sedentário".
Brincadeira à parte, "Wii Fit", na verdade, como muita coisa que tem aparecido no Nintendo DS e no próprio Wii ultimamente, subverte o conceito de videogame. Graças ao genial periférico criado pela companhia japonesa, exercitar-se em frente à televisão nunca foi tão divertido e interativo. Se sua esposa ou namorada chia quando você fala em comprar um Wii, esta é a sua cartada definitiva.
Mexa-se
Conheça a Balance Board |
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É claro que "Wii Fit" não deve ser levado tão a sério assim, já que tem lá as suas limitações: trapacear é fácil (embora fique a critério do jogador lidar também com o peso na consciência) e o game não permite, por exemplo, criar um programa de treinamento próprio - é necessário seguir, na base do calendário, aquele que é sugerido.
Mesmo assim, para quem tem um Wii em casa, mas não paciência ou tempo para academia, a idéia de gastar uns minutinhos diariamente em cima da Balance Board é no mínimo interessante. Como até oito pessoas, com seus respectivos Miis, podem ingressar na empreitada, a checagem e a comparação diária do progresso tornam a experiência ainda mais divertida.
"Wii Fit" por si só não o fará emagrecer provavelmente, tanto que os aficionados por academia vão tirar os exercícios de letra. Em compensação, numa época de ginástica laboral e intenso combate ao sedentarismo, a brincadeira pode ser útil e estimulante, já que funciona como um dispositivo eficiente para controlar peso, IMC etc.
Distribuindo peso
A espinha dorsal de "Wii Fit" é composta por uma série de atividades, algumas com cara de minigame e outras parecidas com exercícios mesmo. Conforme a performance do jogador, novas atividades vão sendo abertas, enquanto as já disponíveis ficam mais difíceis - dez séries de alongamento ao invés de seis por exemplo. Ao término de cada sessão, o desempenho do jogador é avaliado e registrado em um ranking, o que transforma o jogo em uma espécie de disputa mesmo.
Os exercícios - são dezenas deles -, como já foi dito, dividem-se em quatro categorias: em yoga, há atividades simples, como respiração, e mais complexas, que para os leigos na prática pode ser difícil de reproduzir; na musculação, há flexões de braço e derivado - sim, o trabalho é puxado; aeróbica e equilíbrio, por outro lado, são mais divertidas e relaxadas, com mais cara de game. Em um deles, por exemplo, a Balance Board vira esqui e o jogador deve cumprir uma prova de slalon na neve, sem falar nos minigames em que o objetivo é cabecear bolas ou girar bambolês. Alguns minigames acontecem fora da balança, como o de corrida, que use apenas o sensor de movimentos do Wii Remote.
Em tempo real, "Wii Fit" mostra a forma correta da distribuição de peso na Balance Board, o que, com a aquisição do hábito, ajuda a melhorar a postura - ao menos enquanto se está em cima do dispositivo. Uma vez que você se dá conta de como a balança detecta a distribuição de peso entre os lados direito e esquerdo, fica fácil trapacear. Mas aí qual é a graça do negócio?
O jogo é estimulante porque bastam dez minutinhos de práticas para destravar novas atividades e a curiosidade sempre fica aguçada para experimentar logo o que está por vir. Em compensação, há pouquíssima diversão multiplayer, o que deveria ser revisto em uma (provável) próxima versão.
A apresentação como um todo não foge muito ao estilo dos jogos da Nintendo, com os Miis e gráficos simples - às vezes, até demais. Quem jogou títulos com "Brain Age" e o próprio "Wii Sports" vai identificar logo de cara as características em comum nos gráficos.
Nota: 8 (Ótimo)
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