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Red Dead Revolver

18/06/2004 18h43

O cinema deve muito ao Velho Oeste, esse ambiente fantástico que ajudou em sua fase de maior crescimento. Os desertos habitados por índios, xerifes dos mais variados estilos e ladrões de carroças capturaram uma boa parte da cultura mundial, mostrando reflexos em livros, filmes e outras obras modernas. Não é à toa que a Rockstar, uma empresa que sempre homenageou essas tendências, tenha resgatado "Red Dead Revolver", uma homenagem aos faroestes clássicos, quando ele quase foi cancelado pela Capcom.

Pipoca não inclusa

O game coloca jogadores no papel de Red, um caçador de recompensas cujo pai foi morto quando ele era criança. Ele agora carrega o revólver do pai em busca de vingança. Durante aventuras que cobrem todos os momentos mais celebres dos faroestes (lutas sobre trens, perseguições à cavalo e duelos), você viverá uma típica trama que envolve os habitantes de uma cidade do Velho Oeste.

"Red Dead Revolver" segue a mesma estrutura de um bom filme do gênero. O tutorial mostra o momento dramático da morte do pai do protagonista, para depois mostrá-lo já adulto: um pistoleiro habilidoso em busca de recompensas. No decorrer da trama você conhecerá outros personagens - e até controlará alguns tipos clássicos como a corajosa dona de fazenda, o irmão-de-sangue índio e um general mexicano. A mecânica do game é simples: um direcional controle o pistoleiro, enquanto o outro serve de mira (que muda de cor quando você está apontando para um inimigo). Cada um dos personagens tem uma espécie de habilidade especial, sendo que a mais utilizada é o Dead Eye de Red: congelar o tempo e escolher tantos alvos quanto ele tem de balas no tambor.

O bom, o mau e o feio

A grande qualidade e o maior defeito do game são o mesmo: sua dedicação em recriar o espírito dos faroestes da década de 60. O visual do game é cheio de "defeitos" como risco na película, um excesso de tons marrons e amarelados, iluminação repleta de brilhos ofuscantes e sombras escuras - tudo isso com modelos 3D e texturas muito simples. A música é uma cópia fiel do estilo da época, e a ação e enredo exatamente como um fã esperaria em um filme. Em termos de fidelidade ao gênero, tudo é maravilhoso - mas em termos de videogame, muito deixa a desejar. Além dos gráficos, o maior prejudicado é a jogabilidade: a fórmula é repetitiva e sua progressão não traz o tipo de aumento no desafio que um game convencional.

Lançado para Xbox e PlayStation 2, a versão para o videogame da Microsoft ganha por uma bala: tem uma taxa de quadros melhor, opção multiplayer extra e demora menos para carregar a tela. De resto, é tudo uísque da mesma garrafa.

Nota: 8 (Ótimo)