Centenas apoiam banda irlandesa Kneecap em tribunal britânico após acusação de crime de terrorismo

Por Sam Tobin

LONDRES (Reuters) - Um membro do grupo de rap irlandês Kneecap compareceu a um tribunal de Londres na quarta-feira, acusado de crime de terrorismo por supostamente exibir uma bandeira em apoio à milícia libanesa Hezbollah, apoiada pelo Irã, enquanto centenas de pessoas se reuniram do lado de fora em apoio.

Liam O'Hanna, cujo nome artístico é Mo Chara, teria agitado a bandeira do grupo militante proibido Hezbollah durante um show do Kneecap em Londres em novembro de 2024.

O artista de 27 anos foi acusado no mês passado sob a Lei de Terrorismo, segundo a qual é crime exibir um artigo de forma a levantar suspeitas razoáveis de que alguém seja apoiador de uma organização proibida.

A banda Kneecap, de Belfast, que faz rap em irlandês e inglês e exibe regularmente mensagens pró-palestina durante seus shows, disse anteriormente que a bandeira havia sido jogada no palco e descreveu a acusação contra O'Hanna como uma tentativa de silenciá-los.

O'Hanna compareceu à Corte de Magistrados de Westminster, onde seus apoiadores, incluindo alguns políticos e músicos da Irlanda do Norte, como Paul Weller, se reuniram antes da audiência.

Um grupo de músicos cantou baladas irlandesas e muitos na multidão agitavam bandeiras irlandesas e palestinas e seguravam cartazes.

O promotor Michael Bisgrove disse no tribunal que o caso não era sobre o apoio de O'Hanna aos palestinos ou sua crítica a Israel, dizendo que ele estava dentro de seus direitos de fazer isso.

"A alegação neste caso é totalmente diferente e trata da gravação de vídeo que mostra que, em novembro do ano passado, o sr. O'Hanna usou e exibiu a bandeira do Hezbollah", afirmou.

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A advogada de O'Hanna Brenda Campbell disse que a defesa argumentaria que a acusação foi feita após o limite de seis meses para fazer tal acusação.

Uma audiência será realizada em 20 de agosto para determinar se a acusação foi feita tarde demais, disse o juiz Paul Goldspring.

O'Hanna só falou no tribunal para confirmar seu nome, data de nascimento e endereço.

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