Atriz Tilda Swinton critica desumanização durante abertura de Festival de Berlim

Por Miranda Murray e Hanna Rantala

BERLIM (Reuters) - A atriz britânica Tilda Swinton criticou nesta quinta-feira o desumano e elogiou o poder do cinema na capital alemã, ao receber o prêmio honorário Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim, em reconhecimento a sua longa carreira.    O diretor alemão Edward Berger, que concorre ao Oscar por "Conclave", entregou o prêmio à atriz, descrita por ele como "uma alma extraordinariamente bela".    Swinton, conhecida por filmes como “Conduta de Risco”, que rendeu a ela um Oscar, e “O Quarto ao Lado”, vencedor do Festival de Cinema de Veneza, foi aplaudida de pé por seu discurso, com ênfase na crítica à repressão e a governos que caracterizou como gananciosos, insistindo na importância da arte e da cultura.    “O assassinato em massa feito pelo Estado e admitido internacionalmente está aterrorizando ativamente mais de uma parte do nosso mundo”, disse ela, acrescentando: “O desumano está sendo perpetrado sob nosso nariz”.    O filme alemão "The Light", do diretor Tom Tykwer, abriu o festival deste ano, iniciando o evento que vai até 23 de fevereiro.    "O filme está realmente tentando nos lembrar que tudo é sobre estender a mão. É sobre nos segurarmos uns aos outros, estarmos juntos, e não separados", afirmou Tykwer à Reuters, ainda no tapete vermelho.    A política também foi tema no tapete vermelho. A ativista climática alemã Luisa Neubauer usou um vestido que dizia "Donald & Elon & Alice & Friedrich?", uma referência aos comentários do presidente dos EUA e seu conselheiro bilionário sobre a política alemã, antes das eleições marcadas para 23 de fevereiro.

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