Supermodelo Naomi Campbell admite falhas em instituição de caridade, diz imprensa
(Reuters) - A supermodelo Naomi Campbell reconheceu deficiências em seu papel como administradora da instituição de caridade Fashion for Relief, fundada por ela, informaram reportagens publicadas na imprensa nesta sexta-feira.
Campbell, contudo, insistiu que não praticou ilegalidades financeiras ou usou de forma errada o dinheiro da instituição para seu próprio usufruto durante a operação da entidade, informaram as notícias.
A Fashion for Relief não respondeu imediatamente aos pedidos da Reuters para que comentasse. A reportagem não conseguiu falar com a supermodelo na noite desta sexta-feira, em Londres.
Ela “talvez não estivesse tão engajada nas operações diárias da instituição como deveria estar”, afirmou o porta-voz de Campbell ao jornal The Guardian, acrescentando que ela “nunca participou de qualquer forma de ilegalidade financeira”.
No mês passado, ela foi proibida por cinco anos de administrar uma instituição de caridade, após uma investigação ter descoberto que os fundos levantados foram usados para tratamentos em spas e compra de cigarros.
“Naomi nunca recebeu pagamentos por seu envolvimento com a Fashion for Relief, nem usou a organização para pagar quaisquer despesas pessoais”, afirmou um comunicado em nome dela, publicado no jornal nesta sexta-feira.
A supermodelo fundou a Fashion for Relief em 2005, com o objetivo de levantar recursos para causas humanitárias.
Órgãos reguladores descobriram que, entre 2016 e 2022, apenas 8,5% dos gastos da Fashion for Relief foram direcionados para ações de caridade. Pagamentos não autorizados de 388 mil dólares foram feitos para um dos administradores, e recursos foram gastos com serviços de quarto, tratamentos em spas e cigarros.
(Surbhi Misra em Bengaluru)
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