Posição contra vacina de diretora da Comédie Française a impede de ver espetáculos
Por Layli Foroudi
PARIS (Reuters) - O Comédie Française reabriu suas portas meses atrás após a suspensão de restrições contra a Covid-19, mas a diretora de palco Florence Passy ainda não viu sua trupe de atores se apresentar em público desde então, porque ela se recusa a ser vacinada contra o coronavírus.
Fundado em 1680 e reivindicando o título de teatro em atividade mais antigo do mundo, a casa de Paris retomou os trabalhos no último mês de junho.
"Eu trabalho em um projeto por... meses e depois não posso ver o resultado final", disse Passy. "É frustrante, mas eu aceito."
Sob as regras do governo para conter infecções pela Covid-19, ela precisa mostrar prova de vacinação ou um teste negativo recente para se juntar ao público do teatro, e em breve a opção pelo teste será retirada. Ela também não pode entrar em bares e cafés.
Passy, de 55 anos, e seus filhos estão imunizados contra tétano, pólio e febre amarela.
Mas ela diz que resiste a receber a vacina contra a Covid-19 por vários motivos, incluindo mensagens conflitantes do governo no qual ela não confia inteiramente e o papel do dinheiro nas campanhas de vacinação.
A determinação do presidente da França, Emmanuel Macron, de --como ele disse de maneira memorável este mês-- "irritar" os franceses não vacinados, dificultando suas vidas, apenas fortaleceu sua posição.
"Eu não sei o que deu nele", disse Passy. "Eu não deveria ser considerada uma não cidadã porque eu escolhi não fazer o que ele diz."
Na Europa Ocidental, governos têm cada vez mais recorrido a medidas como um misto de obrigatoriedades, incentivos e sanções para aumentar a taxa de vacinação.
Funcionou na França, onde 90% dos elegíveis à vacina contra Covid-19 foram imunizados.
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