Museu de Londres é criticado por exposição sobre clima patrocinada pela Shell
Por Umberto Bacchi
(Thomson Reuters Foundation) - O Museu de Ciência de Londres foi alvo de críticas, nesta sexta-feira, por ter a empresa de petróleo e gás Royal Dutch Shell como patrocinadora de uma exposição sobre as mudanças climáticas, uma decisão descrita por grupos ambientalistas como "alienada".
O museu britânico deve reabrir depois dos lockdowns de coronavírus em maio com a exposição "Nosso Planeta Futuro", uma mostra que se concentra na captura de carbono -- processo através do qual gases que aquecem o planeta são retirados da atmosfera e armazenados no subsolo.
A exposição, que chega no momento em que o Reino Unido se prepara para sediar uma grande cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) marcada para novembro, lista a Shell como uma de suas principais patrocinadoras, o que provocou a ira de ativistas ambientais.
"É difícil acreditar que esta instituição britânica emblemática tenha escolhido livremente se ligar à Shell... em um momento tão crucial", disse Bill McGuire, professor emérito de ameaças geofísicas e climáticas do University College de Londres, em um comunicado.
O grupo ambientalista Scientists for Global Responsibility disse que a medida foi "irresponsável", enquanto o Culture Unstained, grupo que pleiteia o fim de patrocínios de combustíveis fosseis na cultura, acusou o museu de contribuir para os esforços de "banho verde" da petroleira.
Ian Blatchford, executivo-chefe do Grupo do Museu de Ciência, disse que a instituição foi transparente sobre seu relacionamento com empresas de energia e que detém o controle editorial de todas as parcerias do tipo.
"'Nosso Planeta Futuro' analisa tanto as tecnologias de ponta quanto as soluções de origem natural sendo desenvolvidas para retirar o dióxido de carbono da atmosfera", disse.
"(A exibição) deixa claro que, ao lado da redução das emissões de carbono, a captura e o armazenamento de carbono podem ser uma contribuição para a luta contra a mudança climática".
(Por Umberto Bacchi, em Tbilisi)
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