Diversidade nas indicações do Emmy é ponto fora da curva ou progresso real?
Das mulheres negras de 20 e poucos anos da série "Insecure" ao astro muçulmano-americano de "Ramy", a lista de indicados ao Emmy do próximo domingo é uma vitrine sem precedentes para pessoas não brancas.
Mas a indústria da televisão precisa tomar medidas concretas sobre as promessas de estimular escritores e diretores não brancos para garantir que a cerimônia de premiação de 2020 não seja apenas um ponto fora da curva desencadeado por um verão de protestos contra o racismo sistêmico nos Estados Unidos, segundo especialistas.
"Tenho certeza de que a última coisa que a Television Academy queria era ter um 'Emmy branco demais' no meio de tudo isso", disse Eric Deggans, crítico de TV da National Public Radio e autor do livro "Race Baiters". "Portanto, não estou surpreso que eles tenham prestado atenção especial ao trabalho dos artistas negros".
O recorde de indicações ao Emmy para não brancos ainda inclui Kerry Washington ("Little Fires Everywhere" e "American Son"), Sandra Oh ("Killing Eve"), Billy Porter ("Pose"), Regina King ("Watchmen"), Issa Rae ("Insecure") e Sterling K. Brown ("This is Us" e "Watchmen").
"Watchmen", o drama de realidade alternativa com temas raciais, liderou as indicações com 26 no total.
As indicações abrem portas para outros negros, asiáticos e latinos e moldam percepções além do mundo do entretenimento, disse Rashad Robinson, presidente da organização de justiça social Color of Change.
"O que esses prêmios representam é a maneira da indústria de criar um sistema de entrada de pessoas, de acesso a empregos e oportunidades", declarou. "Ela dita as histórias que vemos no mundo sobre quem somos, e isso tem profundas implicações nas regras tácitas sobre como somos tratados em hospitais, por juízes e nas escolas."
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