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Apesar da exibição de uma entrevista exclusiva de cerca de 35 minutos com o presidente Jair Bolsonaro, ontem, o programa "Alerta Nacional" (RedeTV) teve mais um desempenho sofrível no ibope.
Segundo dados do "realtime" da Kantar Media, a íntegra do programa comandado por Sikêra Jr. não chegou a 1,5 ponto de audiência em São Paulo, onde cada ponto vale por cerca de 75 mil domicílios.
Os dados prévios de audiência indicam que esse índice foi um pouco acima que a TV Cultura obteve no mesmo horário (18h às 19h30).
A entrevista não conseguiu alterar a performance do programa, que se dedica ao noticiário policialesco e "brincadeiras" e dancinhas do apresentador (e de sua equipe).
O material foi gravado no último sábado em Manaus, sede da TV A Crítica, onde Sikêra trabalha (o programa é reproduzido pela RedeTV em uma parceria).
Bolsonaro visitou a cidade e aproveitou para também visitar a emissora (que o apoia).
35 minutos de Bolsonaro
A entrevista ocupou um pouco mais de um terço do programa de Sikêra em São Paulo, mas, tudo indica, nem mesmo os bolsonaristas fanáticos o prestigiaram na TV.
Em Manaus o "Alerta Nacional" dura o dobro: três horas.
A conversa não rendeu absolutamente nenhuma informação relevante. Como sempre, o apresentador fez o que pode para agradar e deixar à vontade seu "ídolo" político.
Entrevista no YouTube
No YouTube, porém, houve um ganho: o programa completo teve cerca de 300 mil visualizações, quase o dobro do que costuma registrar.
O porém é que o YouTube considera uma "visualização" quando um usuário qualquer vê um vídeo por 30 segundos ou mais.
Ou seja, ao contrário da medição da Kantar, não é possível afirmar quantos internautas viram de fato a entrevista ou o programa na íntegra.
Como esta coluna publicou no mês passado, o desempenho no ibope de apresentadores que são "bolsonaristas de carteirinha", como Sikêra Jr, Ratinho e Marcelo de Carvalho, entre outros, tem ido de mal a pior na TV aberta.
Há três anos Sikêra chegava a marcar mais de três pontos de audiência em São Paulo. Hoje marca pouco mais de um ponto, quando muito.
Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops
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