Topo

Ricardo Feltrin

REPORTAGEM

No século 21, só streaming e Record cresceram em público

Colunista do UOL

22/08/2021 00h01

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Ok, não é um crescimento portentoso, mas para as "cassandras espectrais" que vivem profetizando a "morte" da TV aberta no Brasil, não deixa de ser decepcionante. A TV aberta ainda é muito forte num país pobre como o Brasil. Ponto.

Dados da Kantar Ibope Media do século 21, obtidos com exclusividade pela coluna, mostram que de todas as TVs abertas —pasmem!—, somente a Record cresceu 25% em público em 20 anos.

E isso a despeito da concorrência da TV paga e, mais recentemente, do streaming.

Globo, SBT, TV por assinatura —todas essas mídias comerciais perderam fôlego no século 21.

Obviamente é preciso somar o poder e conteúdo da Globo tanto na TV paga como no streaming —espaço que as demais quase não ocupam.

De qualquer forma isso apenas comprova a coluna publicada aqui no ano passado: tanto os consumidores de TV paga como os de streaming —justamente os que "profetizam" o fim da TV aberta— vivem numa bolha ilusória;

Isso porque 80 milhões de brasileiros não têm banda larga e só contam com a TV aberta —se tanto.

Números

Hoje na Grande SP —principal mercado da publicidade nacional—, a Record tem registrado médias de 4,7 pontos.

Sim, a Globo segue líder inconteste, mas nos mesmos 20 anos ela caiu da média de 15,4 pontos para 12,3 pontos (cada ponto vale por cerca de 76 mil domicílios na região).

Já o SBT é a TV que amarga a pior queda: caiu de 8,5 pontos no início do século para 4,4 pontos agora —a pior média de toda sua história.

Da mesma forma, a TV paga, que já chegou a marcar 9,9 pontos de média no ano de 2017, hoje registra modestos 4,3 pontos.

Por outro lado, o streaming que marcava em 2019 apenas 1,3 ponto, hoje pulou para 5,9 pontos e se tornou o verdadeiro "vice-líder" de audiência nas casas brasileiras.

Na medição chamada Painel Nacional de Televisão, a Record pulou de 3,3 para 4,4 em duas décadas, na média 24 horas.

Ricardo Feltrin no Twitter, Facebook, Instagram e site Ooops