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Ricardo Feltrin

Análise: Com "Se Joga", Globo tenta salvar única faixa horária em crise

Fabiana Karla, Érico Brás e Fernanda Gentil comandam o "Se Joga", na Globo, que estreia hoje - Victor Pollak/Globo
Fabiana Karla, Érico Brás e Fernanda Gentil comandam o "Se Joga", na Globo, que estreia hoje Imagem: Victor Pollak/Globo

Colunista do UOL

30/09/2019 06h39

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Há cerca de cinco anos, no período da tarde, a Globo começou a sofrer concorrência de um pequeno quadro de fofocas da Record, de menos de meia hora e comandado por uma apresentadora até então pouco conhecida: Fabíola Reipert.

A princípio ninguém na Globo se preocupou, mas como passar do tempo esse quadro dentro do telejornal popular "Balanço Geral" cresceria em tamanho e ibope —a tal ponto que começou a derrotar o lendário "Vídeo Show" ocasionalmente.

Nos últimos três anos, o quadro "A Hora da Venenosa" passou a incomodar oficialmente a Globo ao ponto de a emissora líder começar a fazer o impensável: mexer em sua sagrada grade de programação.

Trocou apresentadores do "Vídeo Show", mudou seu conteúdo; chegou a tentar até fazer um quadro no estilo de "Hora da Venenosa"; depois, mudou o horário de atrações como "Vale a Pena Ver de Novo". Por fim extinguiu o "Video Show" e colocou filmes em seu lugar. Contunia perdendo até hoje.

Na tarde de hoje (30) a Globo estreia o "Se Joga", programa que vai misturar humor, interatividade e um pouco de informação, sob comando de Fernanda Gentil Érico Brás e Fabiana Karla.

Gentil passou uma boa temporada na geladeira, o "Se Joga" demorou quase um ano para estrear e a Globo deposita todas as suas esperanças nele para tentar recuperar a liderança perdida há um ano para Reipert.

Os 60 minutos do estreante "Se Joga" são os únicos nas 24 horas do dia que a Globo não é líder e fica em segundo lugar

Resta esperar se o programa vai cumprir sua missão ou será mais uma tentativa frustrada de derrotar uma fofoqueira e sua cobra de pelúcia.

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