Pane inédita da GfK derruba medição de audiência de TV em toda a Alemanha
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Depois de desistir no ano passado de sua tentativa de se instalar no Brasil e concorrer com a Kantar Ibope, a empresa alemã GfK agora está com problemas sérios em seu próprio quintal.
Uma pane generalizada --e inédita-- derrubou o sinal de todos os equipamentos de medição de audiência na Alemanha, país de 82 milhões de habitantes.
A pane já dura quase mais de 10 dias.
A associação dos canais de TV que compram os dados da GfK divulgou anteontem nota aos seus associados, informando que a empresa está tentando resolver o problema com urgência, mas que não há um prazo definido para que isso ocorra.
São cerca de 10 mil caixinhas de medição de audiência da GfK instaladas em 5.500 domicílios alemães (no Brasil havia cerca de 12 mil aparelhos em cerca de 6.600 domicílios).
O problema na Alemanha parece ser tão grave que, segundo esta coluna apurou, há possibilidade de a companhia ter de mobilizar dezenas --quiçá centenas-- de técnicos para visitar cada um dos domicílios onde os equipamentos estão instalados e corrigi-los. A correção deverá custar milhões de euros.
A ausência de dados de audiência prejudica as emissoras porque elas não podem acompanhar o público de suas atrações; isso obviamente afeta todo o mercado publicitário.
POR AQUI...
No Brasil, após decidir pelo fim do serviço, a empresa não se incomodou em ir retirar os aparelhos das casas: ela orientou os moradores a desinstalarem por si mesmos e jogarem os equipamentos em lixos (“destinado à resíduos eletrônicos”).
Só em caixinhas a GfK pode ter perdido no Brasil cerca de R$ 35 milhões, conforme esta coluna informou com exclusividade em setembro do ano passado.
.
A empresa alemã também está sendo alvo de um processo milionário movido pelas emissoras de TV brasileiras que contrataram o serviço. O indenização que Record, SBT, RedeTV! e TV Cultura (entre outras) pretendem exigir pode passar dos R$ 100 milhões.
SOB NOVA DIREÇÃO
O inferno astral corporativo da GfK mais ou menos que coincide com a aquisição da empresa pelo fundo de investimento norte-americano KKR.
O CEO da GfK, Peter Feld, foi indicado pela KKR. A coluna apurou que, cobrado pelos clientes brasileiros durante o colapso da medição no ano passado, ele evitou se envolver.
A coluna procurou a assessoria da GfK no Brasil, mas não obteve resposta até o momento da publicação deste texto. Se houver manifestação ela será incluída aqui.
LEIA MAIS
TVs brasileiras devem pedir mais de R$ 100 mi em indenização da GfK
Colunista no Twitter, no Facebook ou no site Ooops!
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.