Veja como ficou a situação financeira das maiores TVs abertas em 2017

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O ano que terminou não vai deixar muitas saudades à maioria absoluta das TVs abertas.
Com exceção da líder bilionária Globo, as demais emissoras devem encerrar o balanço de 2017 com pouco lucro, nenhum ou então no vermelho.
GLOBO
A Globo lucra muito porque concentra a fatia hegemônica da publicidade brasileira. Todo o Grupo Globo (TV aberta, paga, internet, rádio etc) estimam especialistas ouvidos sob anonimato pela coluna, deve fechar o faturamento na casa dos R$ 15 bilhões no ano passado. Seu lucro líquido deve permanecer na casa dos R$ 1,7 bilhão.
A emissora carioca, que tem de longe a melhor gestão, vem fazendo cortes e ajustes sistemáticos de custos nos últimos anos, em todos os setores --inclusive na área artística.
RECORD
A Record deve faturar no total de R$ 1,8 bilhões a R$ 2,0 bilhões, mas aí estão incluídas as centenas de milhões anuais que a Igreja Universal repassa à emissora em troca de suas madrugadas.
No entanto, se houver lucro ele será bem menor que o do ano passado (o recorde de R$ 227 milhões). A emissora também fez grandes cortes e ajustes nos últimos três anos. Como empresa, a Record também passou por uma espécie de “higienização” de suas relações trabalhistas: hoje é uma das TVs que sofre menos ações de ex-empregados
O maior desafio da Record neste ano é repensar sua grade de programação, com o objetivo de valorizá-la. Especialmente a faixa nobre, que está em uma fase de baixa em termos de Ibope.
SBT
O SBT passou dezembro fazendo cortes de pessoal e de gastos. Em 2016 seu lucro líquido foi de apenas R$ 6,6 milhões, uma queda de 91% em relação ao ano anterior. Em 2017 a estimativa de faturamento (especulação) está abaixo de R$ 800 milhões, e a emissora deve fechar no vermelho. O Grupo Silvio Santos como um todo, aliás, tem passado por um ajuste.
A emissora ainda teve no ano passado o desprazer de ver confirmada uma multa de R$ 2 bilhões da Receita, devido a supostas irregularidades em tentativa de “salvamento” do banco Pan Americano --uma crise que se arrasta desde o fim da década passada.
Embora o Grupo SS ainda possa e esteja recorrendo em instâncias outras, esse passivo ainda pode se tornar grande fonte de desgosto contábil nos próximos anos.
BAND
A Band continua seu longo processo de recuperação financeira. Nos últimos anos promoveu corte de custos em todas as áreas, vendeu ativos (antenas de transmissão, por exemplo) e tem estudado a possibilidade de vender o canal 21 (no passado chegou a pedir R$ 1 bilhão à Universal, que não aceitou).
Ao mesmo tempo em que faz corte de custos, a Band pratica com empenho a venda de faixas de sua programação para terceiros, especialmente igrejas.
Sua área radiofônica é muito boa e ampla, mas infelizmente a publicidade em rádio vem caindo a cada ano.
O faturamento estimado do Grupo Band em 2017 deve ficar na casa dos R$ 350 milhões, mas a emissora tem algumas pendências para resolver, inclusive uma suposta dívida milionária com a Globo relativas a direitos de transmissão de futebol em anos passados.
O lucro líquido provavelmente será zero. Ou vermelho.
REDETV!
Em 2016 a emissora teve faturamento de cerca de R$ 390 milhões, mas sua lucratividade é desconhecida no mercado.
Em 2017 esse valor deve ter razoável queda, já que houve uma contração geral do mercado, com muita insegurança e menores investimentos.
Assim como a Band, a RedeTV! vende muitas faixas horárias para igrejas, e seu vice-presidente afirma que, sem isso, a emissora quebraria, conforme ele disse em entrevista ao UOL em março.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.