Maurício Meirelles: "Piada só funciona quando quem a ouve é bem resolvido"

Para o comediante (e agora empresário) Maurício Meirelles, trabalhar com humor não é uma tarefa fácil e nem sempre depende apenas do talento de quem está sobre o palco com o microfone.

Ex-Legendários, ex-CQC, roteirista e hoje nacionalmente conhecido, Meirelles vê algumas "armadilhas" na profissão que se lançou na década passada.

“Às vezes você faz piadas com gays e eles morrem de rir. Mas aí você faz uma piada sobre gordos ou pessoas feias, por exemplo, e pode deixar muita gente desconfortável na plateia. Não existe uma fórmula ou um mapa do que fazer”, declara.

“Nem sempre fazer sucesso ou agradar a uma plateia depende única e exclusivamente do artista. No caso do stand-up, eu garanto a você que uma piada ou um script só funcionam se quem está ouvindo a piada é bem resolvido. Caso contrário pode dar tudo errado.”

Além de um quadro sucesso hoje no “Pânico na Band” (“Webbullying”), em que “trola” as redes sociais de voluntários (ou "vítimas"), Meirelles faz dezenas de shows pelo Brasil e no exterior todos os anos,  além de comerciais.

Agora ele também se tornou um empresário do humor: ajuda na produção de conteúdo das apresentações de Rafael Cortez (Globo) e do comediante Fabio Rabin, entre outros.

“É impossível  agradar a todos, mas, mesmo sabendo que o que fazemos é humor, é preciso ter sensibilidade porque você pode, sem querer, ofender a uma pessoa ou grupo específica. E constranger nunca deve ser o objetivo, mas fazer rir.”

Meirelles, 33 anos, também está em cartaz nos cinemas com um personagem impagável em “Internet - O Filme”, longa roteirizado por Rafinha Bastos,

No filme  ele é um frustrado ex-auxiliar de palco de Raul Gil desempregado e que vive em crise financeira e conjugal com a mulher.

Ambos só se suportam por causa de Brioco, o cachorro “youtuber” de sucesso, que ambos usam para faturar um dinheirinho.

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