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Netflix demite a 300 funcionários após perda de assinantes

23/06/2022 21h24

Los Angeles (EUA), 23 jun (EFE).- A Netflix demitiu 300 funcionários nesta quinta-feira, a maioria de Estados Unidos e Canadá, para ajustar as contas após a perda de assinantes que vem ocorrendo desde o início deste ano.

Esta é a segunda rodada de demissões da empresa, que em maio demitiu outros 150 funcionários depois que as suas ações afundaram, quando os investidores perceberam que o crescimento havia estancado.

"Lamentamos não ter visto a nossa desaceleração antes, poderíamos ter assegurado um reajuste mais gradual do negócio", admitiram os fundadores da Netflix, Reed Hastings e Ted Sarandos, em texto enviado aos funcionários e reproduzida pelo jornal "The Hollywood Reporter".

Segundo a publicação, o corte afeta 3% da força de trabalho empresa em todo o mundo.

A maioria dos demitidos, 216, são dos escritórios de EUA e Canadá, enquanto que 53 são da Europa, 30 da Ásia e 17 da América Latina.

"Sabemos que estas duas rodadas de demissões foram muito difíceis para todos, e criaram muita ansiedade e incerteza. Planejamos voltar a um rumo de negócios mais normal no futuro", disseram os diretores.

Apesar da situação negativa, a empresa prometeu que no próximo ano e meio o número de funcionários poderá voltar a crescer em mais de mil postos de trabalho, sem especificar em quais áreas.

De acordo com o último relatório de resultados da companhia, divulgados em abril, a Netflix perdeu 200 mil assinantes durante o primeiro trimestre de 2022, período em que teve lucro líquido de US$ 1,597 bilhões, abaixo do US$ 1,706 bilhão alcançado nos três primeiros meses do ano anterior.

"Nossa relativamente alta penetração nas casas (incluindo a grande quantidade de casas que compartilham contas), combinada com a concorrência, está gerando dificuldades para o crescimento das receitas", informaram os responsáveis pela empresa.

Entre as novas medidas estudadas, e que afetariam os consumidores, o serviço poderá cobrar mais pelo compartilhamento de contas com outras casas e começar a exibir publicidade na assinatura mais barata. EFE