Partido evangélico mexicano denunciará gestor de redes por mensagens pró-LGBT
"Amor é amor" foi a mensagem postada na tarde de quarta-feira no Twitter do PES, acompanhada por uma bandeira de arco-íris e as hashtags #BajaCalifornia e #Sinaloa, estados mexicanos onde o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi aprovado esta semana.
Esta mensagem a favor do coletivo de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais bate de frente com a frase conservadora postada no último dia 2 de junho na mesma página do PES: "Compromisso com a vida. É um direito fundamental, inalienável e indescritível e deve ser protegido desde o momento da concepção até a morte natural não induzida".
Durante horas, várias mensagens foram publicadas nesta página e retweetadas milhares de vezes em favor da comunidade LGBT.
"Teremos mais curtidas do que votos, por um México para todas e todos", disse o PES "hackeado" em suas últimas mensagens, antes de mudar seu logotipo e adicionar as cores do arco-íris.
Além disso, algumas mensagens denunciaram que o partido deve "meses" de salário aos gestores de suas redes e garantiram: "Não é um ataque hacker, é justiça".
O PES BUSCA "JUSTIÇA".
Em um comunicado publicado na madrugada desta quinta-feira, o PES negou que as contas oficiais do Twitter e do Facebook tenham sido "sequestradas", supostamente por falta de pagamento ao gestor de conteúdo.
"É totalmente falso, já que todos os compromissos adquiridos foram finalizados em tempo hábil", disse o PES, que está prestes a perder seu registro como partido por não ter obtido votos suficientes nas eleições de meio de mandato de 2021.
"Perante esta situação, o PES irá às autoridades judiciais correspondentes para apresentar queixas criminais contra os responsáveis, bem como contra quem controla a gestão das redes sociais dos PES", destacou o comunicado.
Nas eleições de 2018, o PES - antigo Partido do Encontro Social - aliou-se ao Partido Trabalhista e ao Movimento Nacional de Regeneração (Morena) de Andrés Manuel López Obrador, que então conquistou a presidência.
Essa coalizão foi muito criticada pelas alas mais conservadoras do PES, que inicialmente se chocaram com a ideologia de esquerda dos outros dois partidos.
Nas eleições de meio de mandato do último dia 6 de junho, o PES obteve menos de 3% dos votos, razão pela qual perderá seu registro e não poderá concorrer nas eleições presidenciais de 2024.
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