Topo

Joias imperiais e uma grande safira, estrelas dos leilões de Genebra

07/05/2021 11h49

Genebra, 7 Mai 2021 (AFP) - Joias adornadas com 38 safiras suntuosas usadas pela filha adotiva de Napoleão e a maior safira da Caxemira - que já foi propriedade do herdeiro da cervejaria Guinness - vão disputar as atenções nos tradicionais leilões de maio em Genebra.

A programação desses leilões, organizados nos dias 11 e 12 de maio pelas duas grandes casas Sotheby's e Christie's, inclui várias joias históricas.

Para comemorar o 200º aniversário da morte de Napoleão Bonaparte, a Christie's leiloará nove joias imperiais adornadas com safiras e diamantes da coleção de sua filha adotiva, Stéphanie de Beauharnais.

As nove peças, incluindo uma tiara (avaliada entre 154 mil e 275 mil dólares), um colar (entre 197,7 mil dólares e 351,5 mil dólares) e um par de brincos (entre 33 mil e 49 mil dólares), "permaneceram na mesma família desde que Stéphanie de Beauharnais as recebeu como presente de casamento no Palais des Tuileries (Palácio das Tulherias)", disse à AFP Marie-Cécile Cisamolo, especialista da Christie's.

Embora não se veja mais tiaras nos salões da alta sociedade europeia, não há dúvida de que encontrará um comprador, segundo a especialista.

"Muitos asiáticos gostam de usar essas joias em eventos importantes de suas vidas", explica ela.

Nada menos que 38 safiras originárias do Sri Lanka foram usadas para criar este adereço no início dos anos 1800.

Além de seu valor histórico, essas joias de alta qualidade também têm valor intrínseco devido ao seu azul natural, pois as safiras geralmente são tratadas termicamente para acentuar sua cor.

Esta coleção histórica também inclui uma importante coroa de safira de Maria II, Rainha de Portugal (meados do século XIX), situada no centro com uma safira birmanesa notável e estimada entre 186 mil e 384 mil dólares.

A Sotheby's também apresentará a maior safira da Caxemira já leiloada (avaliada entre 2 milhões e 3 milhões de dólares).

Esta pedra de 55,19 quilates é de um lindo azul aveludado, como todas as safiras da região.

Após sua descoberta no início da década de 1880, a exploração das safiras da Caxemira durou apenas cinco anos, entre 1882 e 1887, tornando essas gemas algumas das mais cobiçadas do mercado, de acordo com a casa de leilões.

apo/vog/cac/mab/jz/jc