A noite em que descobri adorar assistir a estranhos gozando

Uma festa liberal é o lugar ideal para deixar fluir os instintos mais secretos e, por que não, descobrir novos. Eu nunca tinha frequentado um lugar assim, mas me permiti conhecer e me envolver com o que aparecesse.
Ao chegar à Let's SSC, que acontece na boate Spicy, em São Paulo, o ambiente é acolhedor e sensual, com os participantes usando o que desejam, inclusive uma quantidade mínima de roupas. No meu caso, trajando um vestido preto com o comprimento somente um pouco acima do joelho, me senti "vestida demais" para a ocasião. Mas era apenas o início da festa, e eu não poderia imaginar o que me esperava.
Para a edição Shine - Fetiche ao Alcance de Todes, foram feitas estações fetichistas, focadas nos diferentes desejos de cada um.
Ao chegar ao local, me convidaram para conhecer o glory hole — orifícios na parede de formato redondo — com salas bem discretas. Escondido, com luz baixa, o espaço é separado do resto da boate por cortinas pretas, proporcionando intimidade para aqueles que desejam utilizar suas instalações. No entanto, é claro, quem topava engajar em algo estava ciente de que uma plateia acompanharia o ato. E é para isso que eu estava ali.
Assisti ao casal Roger* e Bianca*, acompanhados de Lara*, uma garota misteriosa que surgiu para apimentar a relação dos dois. Roger entrou em uma salinha, enquanto Bianca entrou em outra acompanhada de Lara. Com o pau duro, ele observou pelo buraco na parede as duas se beijando na salinha à frente. Sem hesitar, ele colocou o seu pau no buraco, chupado com vontade por Lara.

Encostei do lado de fora da parede da salinha e, pelos buracos, também observei o que acontecia ali. A sensação era de estar fazendo algo proibido, espiando pelo buraco da fechadura e assistindo a algo que não deveria. Os três sabiam que estavam sendo vistos e gostavam disso. Escondida por trás da parede, mantinha meu anonimato, mas não menos empolgada.
Excitado, Roger colocou os braços nos buracos e puxou o cabelo de Lara com força. Toda a sacanagem foi aprovada por Bianca, que começou a se masturbar ao assistir o marido tendo prazer com outra. Ela lambia os dedos da mão esquerda enquanto enfiava os dedos da direita na boceta.
Após se deliciar com a cena, Bianca cedeu ao tesão que sentia e deitou no chão, embaixo de Lara, chupando a boceta da mulher enquanto Lara ainda estava com o pau de Roger na boca. Aproveitando o momento de excitação, Lara apertou ainda mais o pau em sua boca e gemia de prazer, enquanto o homem se segurava para não gozar.

Com movimentos rápidos e cheios de vontade, não demorou muito para os três urrarem de prazer com a delícia do momento, deixando explícito que chegaram ao êxtase. O tesão também tomou conta de mim e de quem assistia à cena nos buracos da parede da sala ao meu lado. Era quase palpável o que todos no local sentiam: o prazer de ver outros gozando.
Com o fim da "apresentação", segui para continuar explorando novos fetiches. A poucos passos dali, a outra estação era a de podolatria, ou seja, fetiche por pés. Passando pelas cortinas pretas, encontrei o local separado para a prática, com mulheres de salto alto e vestidos curtos, e homens a seus pés.
Na entrada do espaço, uma fila de curiosos se formava, loucos para observar o que acontecia entre os praticantes. Ali conheci Paulo*, 26, que estava pronto para concretizar o seu fetiche. Ao chegar sua vez, ele entrou no local de joelhos e se sentou em frente a Débora*, que usava um sapato preto, salto agulha, com ar de dominadora exalando em seu vestido curto e brilhante.
Paulo sentou na sua frente e, delicadamente, tirou o sapato do pé direto dela. Excitado, ele começou a lamber seus pés, passando a língua ferozmente entre os dedos. Segurou com força o pé na mão direita, enquanto colocou a esquerda na própria calça e batia punheta com velocidade.

Outro homem, José*, observava a cena de pau duro e se juntou aos dois. No entanto, seu foco era outro. Ele abriu as pernas de Débora e, enquanto Paulo focava em lamber cada pedaço do pé dela, ele colocou a calcinha de Débora de lado e começou a enfiar o dedo indicador em sua boceta.
Com tesão, ela segurou o cabelo de José e o puxou para frente, encaixando seu rosto no meio de suas pernas, fazendo com que ele a chupasse com vontade, enquanto continuava enfiando o dedo dentro dela. "Me lambe inteira", disse Débora enquanto os dois homens, de joelhos à sua frente, passavam as línguas em seu corpo.
Ela não se importou que as pessoas ao redor assistissem à cena e anunciou: "Continua que eu vou gozar". Os dois seguiram suas ordens até Débora gemer alto.
Observar à prática me fez fantasiar com a possibilidade de mandar em homens. Colocá-los onde eu bem entender, decidindo qual é o lugar deles.
Logo após o deleite de Débora, era possível ouvir fortes barulhos abafados de um lugar próximo. Os que estavam interessados em continuar a aventura sexual seguiram os ruídos e encontram mais demonstrações de fetiches.
Ela quer apanhar, ele bater
Aquela era a estação de BDSM, ou seja, o local voltado a quem gosta de amarração e masoquismos durante o sexo. O lugar atraíra muitas pessoas, eu inclusive. Para a "degustação", os visitantes poderiam apanhar, presos à parede.
Foi lá onde o fetiche de Angela* e Luiz* se concretizou. Os dois se conheceram na própria Let's SSC. Era o match perfeito: ela queria apanhar e ele, bater. Após levar palmadas leves na estação experimental, Luiz a convidou para o andar de cima da festa, onde poderiam ter mais intimidade e explorar os desejos reprimidos. Angela aceitou e, para minha sorte, fui convidada para acompanhá-los.
As brincadeiras começaram logo nas escadas, onde, na minha frente, ele amarrou os braços de Angela enquanto subiam. Parei alguns degraus abaixo para observar.
Sem a mobilidade dos braços, ela foi obrigada a fazer o que o Luiz mandasse. Ao chegar no andar de cima, Luiz a conduziu até uma cama redonda disponível, onde eles poderiam se aproveitar enquanto pessoas poderiam assistir. Ele a colocou de joelhos na cama e empurrou seu rosto para frente, apoiando-o no colchão. Angela fez o que ele mandou e empinou a bunda, mostrando estar sem calcinha por baixo da saia.

Luiz não perdeu tempo e foi logo lambendo a boceta inteira de Angela, que gemia baixo de prazer. Ele se levantou e meteu o pau com força nela. Enquanto metia, ele dava tapas na bunda dela, que pedia ainda mais. "Não para", dizia, enquanto rebolada e se deliciava.
Qualquer preconceito que eu poderia ter sobre apanhar e bater durante o sexo foi embora naquele momento. Os dois queriam estar ali, o desejo e o tesão era recíproco. Ali entendi que existiam novas possibilidades sexuais nunca exploradas por mim.
Com os braços amarrados para trás e sem conseguir se mexer direito, seu rosto não escondia o prazer que sentia. Após algumas estocadas, Luiz tirou o pau de dentro dela e colocou na frente de Angela, que chupou com vontade.
Em poucos minutos, Luiz gozou na boca de Angela.

Andar pela festa é uma experiência excitante não somente para quem participa das ações sexuais e fetichistas, mas também para quem assiste. Nesta noite, descobri que o prazer não existe apenas em estar presente enquanto trepam, mas assistir às pessoas. O tesão nasce no imaginar. É como um sonho sexual a partir do que você está assistindo.
Para mim, a noite parecia ter terminado e era a hora de ir para casa. Caminhando sozinha pela festa, acabei conhecendo Cauê*, alto, magro, de cabelos negros, lisos e cheios. Ele estava sem camisa, com piercing nos dois mamilos, e perguntou por que eu estava indo embora tão cedo e tão vestida.
Sem saber como responder, disse ter esgotado meus motivos para estar lá. Ele sorriu, pegou na minha mão, e falou no meu ouvido: "Te dou várias razões para você continuar por aqui".
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