'Vi minha mulher ser chupada': como funciona restaurante libertino em Paris

Imagine jantar em um restaurante onde você termina a noite vendo sua mulher sendo chupada por outra, enquanto ela masturba um homem desconhecido. Eu vivi essa experiência no Divine Alcôve, em Paris, que se apresenta como "o único restaurante libertino e festivo dedicado ao prazer dos sentidos".
Apesar da descrição, não, não é uma casa de swing. A proposta é servir de ponto de encontro inicial para casais e, em algumas noites, homens solteiros. Não há hidromassagem nem quarto escuro. Ninguém fica pelado. Ou melhor, não totalmente, porque, como descobrimos, a putaria rola no final da noite, quando o clima esquenta.
O restaurante abre de quinta a sábado e é preciso reservar pelo site. A entrada, por uma discreta porta em uma rua de pouco movimento, convém aos casais prestes a fazer bobagem. Com o constrangimento de quem é o primeiro a chegar na festa, às 20h em ponto, adentramos o minúsculo salão, decorado com veludo vermelho, muitos espelhos e umas dez mesas em volta de um balcão de bar.
Seguindo as instruções do site, estamos bem vestidos, sem exagero. Uma hostess tira o trench coat de Antônia*, revelando o vestido branco que minha mulher escolheu a dedo: longo, com um decote generoso, sem sutiã, e com as costas abertas. Eu estou de paletó sem gravata e calçado social: tênis e jeans são vetados.
Erika, a barwoman, uma coroa morena de seios firmes, rabo de cavalo, óculos de intelectual e corpete preto, nos instala no bar e serve duas taças de tinto.
Aos poucos, os casais vão chegando. A maioria está na casa dos 40, como Emma e Alain: ela, o estereótipo da parisiense magra; ele lembra o ator Enrique Diaz - por quem minha esposa sente tesão. Outro francês elegante, que se apresenta como Christophe, chega sozinho, avisando que a parceira vai se atrasar um pouco. Ele senta ao nosso lado no balcão.
Erika puxa assunto com todos na tentativa de facilitar a interação. Conta suas experiências em Cap d'Agde, conhecida como a "capital" da sacanagem no sul da França. O vinho ajuda a conversa a fluir. Os homens - e algumas mulheres - escaneiam discretamente Antônia. Todas as clientes estão de preto, menos minha mulher, o que a deixa em destaque. Chega a companheira de Christophe, Nadia, uma loira baixinha e gostosa, com ar sacana.
Quando a casa fica cheia, Erika nos conduz às mesas, coladas umas nas outras. Sentamos ao lado de Jacques e Estelle, um casal do norte da França, mais ou menos da nossa idade, de férias em Paris. Perguntam sobre o Brasil, se tem casas de swing, praias de nudismo etc. O papo é agradável, Estelle é uma loira alta e interessante, mas Jacques não atrai Antônia.
Pedimos dois pratos do cardápio, bastante enxuto - ninguém está lá, afinal, pela gastronomia. Uma degustação de seis pratos sai por 95 euros, aproximadamente R$ 500 para duas pessoas.
Um DJ começa a tocar uma playlist festiva. Erika sai de trás do balcão e me tira para dançar. Honrado, levanto da mesa e a enlaço pela cintura. Não tenho como esconder de Antônia minha ereção. Aperto com carinho os mamilos duríssimos da barwoman, que se esfrega em mim e pede à minha mulher autorização para me beijar. Antônia sorri. Sei que está excitada.

Os casais esquecem a comida nos pratos. O estreito corredor entre o bar e as mesas vira uma pista de dança improvisada. Impossível não roçar no cônjuge alheio. Agradeço Erika com um selinho e puxo minha esposa para dançar.
Ao nosso lado na pista, uma loira, descendo até o chão, abre o zíper do companheiro e começa a masturbá-lo. "Achei que aquela ali não fosse de nada. Que safada!", sussurra Antônia. Ela não resiste e faz o mesmo comigo. Sento em um sofá desocupado e deixo ela me chupar em público.
Olho para o lado e vejo casais se misturando, seios e picas à mostra no salão à meia-luz. Um casal faz sexo como se estivesse no sofá de casa, mas com uma plateia de desconhecidos.
Tento reter a ejaculação, mas acabo sucumbindo à boca habilidosa de Antônia e ao prazer exibicionista pervertido. O volume alto da música abafa meu urro de prazer. Antônia engole a porra espessa.
O salão se transforma em uma suruba. Christophe encosta Nadia na parede e a penetra por trás. Alain, o sósia de Enrique Diaz, é chupado por duas. Antônia se aproxima do trio. Ele abaixa uma alça do vestido dela e acaricia o seio exposto. Emma deixa de saborear o marido e enfia dois dedos na boceta úmida da minha esposa, já sem calcinha. Em seguida, se agacha e começa a comer o grelo de Antônia. Mesmo após gozar, começo a me masturbar assistindo à cena.
Antônia segura a pica de Alain e bate uma punheta para ele. Com a outra mão, ainda com a boca de Emma lá embaixo, ela se toca até o orgasmo.
Já é quase meia-noite. Aos poucos, trios e quartetos vão se dissolvendo e os casais se recompõem, conversando como se nada tivesse acontecido. Saciados, terminamos o jantar e nos despedimos dos nossos companheiros de mesa.
Dou outro beijo em Erika, a barwoman, recuperamos os casacos e saímos de mãos dadas na noite fria de Paris, rindo e comentando nosso insólito jantar. Na rua, é como se todo mundo soubesse o que tínhamos acabado de aprontar.
*Todos os nomes foram alterados.
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