De aliada dos LGBTs a figura de direita: Jojo passa por mudança de imagem

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Jojo Todynho, 28, passou por uma profunda transformação da imagem pública. A influenciadora, que teve a carreira impulsionada pela comunidade LGBTQIA+, hoje fala abertamente sobre o posicionamento político: "sou uma mulher preta de direita".
Ascensão impulsionada pela comunidade LGBTQIA+
Jojo ganhou notoriedade após ser descoberta no YouTube. A carreira decolou com músicas que foram amplamente adotadas pelo público LGBTQIA+. Ela, inclusive, chegou a explicar que "Arrasou, Viado" foi uma produção feita como agradecimento à comunidade que a havia "abraçado" após o sucesso inicial.
No entanto, com o decorrer do tempo, a cantora passou a ser criticada por ter se promovido na carreira com pautas voltadas a esse público. A artista foi acusada de aproveitar o chamado "pink money" — o dinheiro gerado pelo público gay.
Mulher de direita

Ponto de virada ocorreu quando a famosa se declarou publicamente como uma "preta de direita". A polêmica começou a ganhar corpo após a cantora se encontrar com Michelle Bolsonaro em uma agenda de campanha de Alexandre Ramagem.
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) reagiu ao posicionamento de Jojo. Ela chamou a influenciadora de "traidora" e reproduziu a frase do educador Paulo Freire: "Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor".
Defesas e contradições

Em meio à controvérsia, Jojo se manifestou, alegando que havia pedido a exclusão da música "Arrasou, Viado" das plataformas digitais, afirmando que em momento algum quis se aproveitar "de comunidade, de bandeira".
Ela defendeu o direito à opinião, rebatendo Erika Hilton: "Como você quer me chamar de opressora se quer oprimir a minha opinião? [...] Eu também não tolerarei".
Apesar de ter anunciado a retirada do conteúdo em setembro de 2024, a música e o clipe de "Arrasou, Viado" continuam disponíveis para os fãs — contrariando a promessa da própria artista.
A deputada voltou a abordar o tema, esclarecendo que a crítica não residia no fato de Jojo ser uma mulher negra, gorda e periférica de direita, mas sim porque ela "usou a agenda e a pauta das pessoas LGBT, dos seus direitos, para fazer trampolim para chegar até lá".
Já a cantora, relatou ter sofrido ataques racistas desde que assumiu o posicionamento político. Ela destacou a dificuldade de lidar com o preconceito "por pensar diferente" e "expressar convicções políticas".
Ela também revelou que deverá entrar para a política em 2026: "Eu bato no peito para dizer: sou uma mulher preta de direita".



























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