Filho de ex-primeiro-ministro, Julian McMahon interpretou 'próprio pai'

Julian McMahon morreu na última quarta-feira, aos 56 anos, e em seu último papel da carreira, em "Assassinato da Casa Branca" ele interpretou o primeiro-ministro da Austrália, Stephen Roos.

Na vida real, o cargo já foi ocupado por seu pai, William McMahon, que serviu como o 20º primeiro-ministro do país de 1971 a 1972, exercendo o cargo como líder do Partido Liberal da Austrália.

Embora não seja necessariamente o pai, chamou a atenção do público pela "coincidência".

Morre Julian McMahon

A esposa do ator, Kelly McMahon, enviou um comunicado ao Deadline. "De coração aberto, quero compartilhar com o mundo que meu amado marido, Julian McMahon, faleceu em paz esta semana, após uma valente luta contra o câncer."

Julian amava a vida. Amava sua família. Amava seus amigos. Amava seu trabalho e seus fãs. Seu maior desejo era levar alegria ao maior número de vidas possível. Pedimos apoio neste momento para que nossa família possa viver o luto em privacidade. E desejamos que todos aqueles a quem Julian trouxe alegria continuem a encontrá-la na vida. Somos gratos pelas memórias. Kelly McMahon

Antes de morrer, ele falou sobre Robert Downey Jr. como Dr. Destino nos novos filmes da "Quarteto Fantastico".

Julian McMahon morreu aos 56 anos
Julian McMahon morreu aos 56 anos Imagem: Reprodução/Instagram

Julian McMahon nasceu em Sydney, Austrália, em 27 de julho de 1968. Seu pai, Billy McMahon, foi primeiro-ministro da Austrália entre 1971 e 1972.

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Iniciou a carreira como modelo, migrando para a atuação em 1989 como protagonista da novela australiana "The Power, the Passion", de curta duração. Integrou o elenco da longeva série "Home and Away" (1990-91) antes de estrear no cinema ao lado de Elliott Gould no filme" Wet and Wild Summer!" (1992). Mudou-se para Hollywood, repetindo a trajetória australiana: estreou em uma novela diurna da NBC, Another World (1993).

Na TV americana, destacou-se como regular no drama policial "Profiler" (4 temporadas) e no sucesso sobrenatural "Charmed", onde por três temporadas interpretou o demônio Cole Turner.

Seu primeiro papel de protagonista veio em "Nip/Tuck", série de Ryan Murphy sobre cirurgiões plásticos, exibida por seis temporadas no FX. Sua atuação como o sedutor e infiel Dr. Christian Troy rendeu-lhe uma indicação ao Globo de Ouro. O papel consolidou McMahon como protagonista na TV, status reafirmado quando foi escalado como estrela do spin-off "FBI: Most Wanted", da CBS.

No cinema, McMahon ficou marcado como o vilão Doutor Destino nos dois filmes do Quarteto Fantástico dirigidos por Tim Story: "Quarteto Fantástico" (2005) e "Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado" (2007). Sua filmografia também inclui títulos como "Premonição" (2007), "RED: Aposentados e Perigosos" (2010), "Paranoia" (2013), e mais.

Seu último trabalho foi na série de mistério "Assassinato na Casa Branca", da Netflix, no qual viveu o Primeiro-Ministro da Austrália — um retorno simbólico às suas raízes, décadas após seu pai ocupar o mesmo cargo na vida real.

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